
Após a divulgação de parte do projeto arquitetênico de restauração do Paço de São Cristovão, do qual faz parte o Museu Nacional, quase todo destruído por um incêndio em 2018, membros da Associação Cultural Princesa Isabel divulgaram uma carta repleta de critícas à proposta. A associação representa o movimento monarquista no Pará.
No documento, publicado nesta segunda-feira, 22, a associação repudia a escolha do projeto de restauração do Paço e do seu anexo, Alípio Miranda, alegando que a decisão apaga uma parte importante da história brasileira “Mais um pedaço de nossa história e nossa identidade nacional vem sendo reduzida a cinzas e dando lugar ao Modernismo e suas transformações, mas pedir para restaurar ou tentar manter os traços originais seria muito difícil, pois iria demandar uma força política e um interesse muito grande”, diz o texto assinado pelo presidente da associação, Felipe Clarke de Sousa. Para eles, a reforma e modernização do espaço também significa que a “história vem sendo apagada sorrateiramente”.
Veja a publicação:
Marcador Histórico
O Museu Nacional, maior museu de história natural do Brasil, pegou fogo no dia 2 de setembro de 2018. O local, criado por D. João VI em 1818 era a instituição científica mais antiga do país e havia completado 200 anos de existência. O museu abrigava um acervo de 20 milhões de itens incluindo fósseis, múmias, peças indígenas e livros raros. Alguns itens foram salvos e outros, perdidos.
Além disso, também foi palco de momentos importantes da história brasileira como a Declaração de Independência do Brasil em 1822, assinada pela princesa Leopoldina, casada com D. Pedro I. Lá também foi declarada a primeira Assembleia Constituinte da República, entre novembro de 1890 e fevereiro de 1891, que marcou o fim do Império no Brasil.
Veja como deve ficar o espaço após a reforma
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