Publicado em 17 de julho de 2025 às 15:57
A Polícia Civil cumpriu, nesta semana, mandado de prisão preventiva e mandado de busca e apreensão no curso de uma investigação por receptação qualificada de aparelhos celulares. Uma loja no localizada em um edifício no bairro do Jurunas, foi alvo principal da operação.>
Na terça-feira (15), os agentes realizaram busca e apreensão na loja MVPHONES, localizada no Edifício Rogélio Fernandez, no bairro do Jurunas, em Belém. O estabelecimento era administrado por Marcos Vinícius Costa de Jesus, que foi alvo da diligência. No local, foram apreendidos 22 aparelhos celulares e 38 caixas de celulares, sendo que duas delas estavam sem identificação de IMEI.>
No dia seguinte, quarta-feira (16), a equipe cumpriu mandado de prisão preventiva contra Alan de Freitas Moura, investigado pelo crime de receptação qualificada. Ele já se encontrava custodiado no Presídio de Santa Isabel (UCR II).>
As investigações começaram a partir de um boletim de ocorrência, onde uma pessoa teve um iPhone 13 furtado. A partir da identificação do uso do aparelho da vítima em outro número, a Polícia rastreou o novo usuário até chegar à loja MVPHONES.>
O aparelho havia sido entregue como presente à filha da titular da linha telefônica, pela qual o namorado dela, declarou ter pago R$ 2.697,00 pela compra no dia 10 de maio. Ele afirmou ter recebido apenas um recibo de compra, sem nota fiscal, e que a loja garantiu se tratar de produto novo e sem restrições.>
O proprietário da loja, Marcos Vinícius, declarou que adquiriu o iPhone em questão por meio de um sistema de troca da própria loja, negociando diretamente com Alan de Freitas Moura, por R$ 2.500,00. No mesmo dia, o celular foi revendido.>
Em depoimento, Marcos confirmou que não solicitava documentação de origem dos produtos adquiridos via sistema online e admitiu que a maioria dos aparelhos vendidos eram seminovos, adquiridos informalmente de pessoas físicas ou de um fornecedor conhecido como “Fabrício Atacado”, que atua por redes sociais. Ele também declarou não emitir notas fiscais, apenas recibos, o que levantou indícios de habitualidade e dolo eventual.>
A polícia reforçou os indícios de atuação recorrente após nova ocorrência envolvendo outro cliente. Outra vítima relatou que deixou um iPhone 12 Pro na loja para avaliação e o aparelho foi repassado sem autorização a outro cliente.>
Com a repercussão do caso, novas vítimas procuraram a delegacia, relatando que celulares subtraídos também passaram pela mesma loja. A investigação segue para apurar a extensão da rede de fornecimento e a possível revenda de produtos com origem criminosa.>