Publicado em 22 de julho de 2025 às 10:00
Brasil e Estados Unidos têm conseguido manter o crescimento na produção de petróleo desde o início deste século, ainda que em ritmos diferentes. No entanto, enquanto os americanos se firmam como o maior produtor do mundo, a realidade brasileira pode ser de mudança na condição de exportador da commodity para importador já na próxima década.>
O Ministério de Minas e Energia já espera que a produção brasileira fique estagnada em 2030, caia à metade em 2040 e praticamente zere em 2050. Os dados são da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), que analisa o cenário produtivo do país com base nas diretrizes estabelecidas pelo governo.>
Há alguns fatores que contribuem para a diferença na realidade de Brasil e Estados Unidos. Entre eles estão a geologia específica de cada território, as regulamentações e legislações vigentes, e a distinção em relação ao modelo de negócios adotado e à abertura do mercado.>
Os Estados Unidos exploram petróleo onshore, extraído em terra firme, com menor custo e complexidade. Lá, o processo mais utilizado é a exploração de “shale”, ou gás de xisto. Já o Brasil explora petróleo offshore, que vem do mar, exigindo plataformas mais avançadas e custosas.>
Cerca de 80% da produção nacional hoje é impulsionada pelo pré-sal, reserva de petróleo e gás natural em águas profundas e ultraprofundas descoberta pela Petrobras em 2006 no litoral brasileiro. No entanto, Adriano Pires, diretor do CBIE (Centro Brasileiro de Infraestrutura), disse que o pontapé inicial para a exploração do pré-sal poderia ter proporcionado uma condição atual mais vantajosa ao Brasil.>
Ainda segundo o especialista, o Brasil ficou inerte durante o período em que não realizou a oferta de blocos para a exploração de petróleo, enquanto os Estados Unidos avançavam cada vez mais com a produção de “shale” durante esses cinco anos.>
Com informações da CNN Brasil>