Publicado em 17 de julho de 2025 às 14:15
Mesmo após a goleada por 6 a 0 sobre a Bolívia, o técnico Arthur Elias fez duras críticas à organização da Copa América Feminina. Em coletiva após a partida em Quito, o treinador demonstrou preocupação com as condições oferecidas às seleções participantes pela Conmebol.>
Mais uma vez, as jogadoras não puderam realizar o aquecimento no campo, como já havia ocorrido na estreia contra a Venezuela. O motivo seria a preservação do gramado, que recebe dois jogos por dia. A preparação, então, foi improvisada em um vestiário pequeno e compartilhado entre as equipes.>
“Posso dizer que a questão do aquecimento me preocupa muito. Tivemos uma jogadora hoje [quarta] que, no fim do aquecimento, sentiu a possibilidade de ter algo muscular. Fizemos testes [e ela foi para o jogo], mas se ela precisasse ser trocada em cima da hora, a jogadora que entrasse o faria sem aquecimento, porque naquele lugar não cabem as 20 atletas de linha para aquecer. E [as titulares] acabam aquecendo mal. É uma condição até preocupante para a saúde das jogadoras e para o jogo, obviamente. Quando as equipes não aquecem no campo, demoram a pegar [ritmo], temos visto muitos erros de passes das equipes, especialmente no primeiro tempo. Penso que influencia muito”, afirmou Arthur.>
Outro ponto que chamou a atenção foi a ausência do VAR na fase de grupos, o que contribuiu para a anulação de ao menos dois gols legítimos da seleção brasileira. A tecnologia será adotada apenas a partir das semifinais, em contraste com a competição masculina, que conta com árbitro de vídeo desde o início.>