Após protesto Munduruku, Guajajara diz que governo trabalha para garantir vozes indígenas nas negociações

Para a ministra, essa presença qualificada é fundamental para ampliar a influência dos povos originários nas decisões climáticas.

Publicado em 14 de novembro de 2025 às 14:40

Para a ministra, essa presença qualificada é fundamental para ampliar a influência dos povos originários nas decisões climáticas.
Para a ministra, essa presença qualificada é fundamental para ampliar a influência dos povos originários nas decisões climáticas. Crédito: Reprodução/Instagram

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou nas redes sociais que esteve na manhã desta sexta-feira (14) com o povo Munduruku, que realizou uma manifestação na COP30, em Belém, cobrando avanço no processo de demarcação de seus territórios.

Segundo ela, assim que soube do protesto, foi até o local acompanhada da ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e do presidente da conferência, André Corrêa do Lago, para dialogar com as lideranças indígenas.

“Hoje o povo Munduruku fez uma manifestação na COP30, cobrando o processo demarcatório de seu território. Prontamente eu, a ministra Marina Silva e o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, fomos dialogar com os parentes”, escreveu.

Guajajara destacou que a COP30 registra a maior participação indígena já vista em uma conferência do clima, o que, segundo ela, é resultado de um esforço conjunto do governo federal e da presidência da COP. Para a ministra, essa presença qualificada é fundamental para ampliar a influência dos povos originários nas decisões climáticas.

“Afirmamos que essa é a COP com a maior e mais qualificada presença indígena porque há um esforço do governo brasileiro e da presidência da COP em garantir que as vozes indígenas sejam ouvidas e trabalhar em conjunto para construir soluções. E é isso que estamos fazendo”, afirmou.

O ato dos Munduruku ocorreu no início da manhã, por volta de 5h40, na área de acesso à Zona Azul, espaço restrito a negociadores. O grupo protestou contra a transformação da floresta em negócio nas negociações climáticas e pediu reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, além de reivindicar a retirada de invasores das terras indígenas e o fim do Marco Temporal.