Publicado em 14 de novembro de 2025 às 18:00
Visando fortalecer a infraestrutura climática do Brasil e impulsionar a economia de baixo carbono, foi lançada a nova certificadora nacional de créditos de carbono — a Ecora. O anúncio ocorreu na terça-feira (11), durante a 30ª Conferência das Partes (COP30) da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, em Belém.>
A iniciativa conjunta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Bradesco e do Fundo Ecogreen conta com o apoio técnico da Aecom, uma das maiores consultorias globais em engenharia, infraestrutura e sustentabilidade.>
A Ecora atenderá a demanda do setor em todos os biomas, alinhada às políticas de descarbonização e ao amadurecimento do mercado nacional. Com tecnologia avançada, a iniciativa garantirá segurança, transparência e credibilidade para posicionar o Brasil como protagonista na agenda global de sustentabilidade.>
A nova certificadora será estruturada com a plataforma Conservare, que assegura rastreabilidade, automação e gestão completa do ciclo de vida dos créditos de carbono — da análise de viabilidade à retirada final. A solução integrará bases públicas de dados, gestão de projetos e análises geoespaciais.>
Mercado de carbono>
Para compreender o cenário da certificação de carbono no Brasil, o governo federal fez uma consulta pública sobre o assunto, no primeiro semestre deste ano. O levantamento foi realizado pelo BNDES e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) do país.>
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o banco quer fortalecer o setor no Brasil e garantir competitividade internacional. “Esse projeto vai democratizar e estabelecer o diálogo com a nova legislação para o mercado regulado”, ressaltou. Mercadante destacou a maior cobertura de floresta tropical do país e o potencial da Ecora em desenvolver metodologias adaptadas à realidade brasileira e reduzir custos.>