Publicado em 2 de novembro de 2025 às 09:55
O documento final de uma COP é como um grande acordo entre quase 200 países. Nele, cada país promete o que vai fazer para proteger o clima.>
Mas escrever esse texto não é fácil. Não é trabalho de uma pessoa só. É um processo cheio de reuniões, negociações e revisões.>
O presidente da COP, escolhido pelo país-sede, coordena tudo. Na COP30, em Belém, essa função será do embaixador André Corrêa do Lago. Ele recebe ajuda de um grupo de representantes de várias regiões do mundo para organizar a agenda e ajudar a resolver conflitos entre países.>
Os países se dividem em grupos de contato para tratar de temas como redução de emissões, adaptação às mudanças do clima, dinheiro para projetos e justiça climática. Cada proposta vai para um rascunho, e cada frase é discutida até que todos concordem. Quando há impasse, pequenos grupos trabalham para encontrar um consenso.>
ONGs, cientistas e empresas podem participar como observadores. Eles não votam, mas podem dar ideias e influenciar as negociações.>
No fim, o presidente lê o texto final e pergunta se alguém tem objeção. Se ninguém disser “não”, o documento é aprovado por consenso. Mas se um país disser “não”, tudo pode mudar ou atrasar.>
Um exemplo famoso aconteceu na COP21, em Paris, 2015. Um detalhe gramatical quase travou o acordo global: os EUA pediram trocar “devem” por “deveriam” em uma frase sobre cortar emissões. Depois de muita negociação, o problema foi resolvido e o presidente da conferência martelou o texto, aprovando o Acordo de Paris.>
O Acordo de Paris determinou que o aquecimento global deve ficar bem abaixo de 2 °C, com esforços para limitar a 1,5 °C, e criou metas de emissões que os países revisam a cada cinco anos.>
Com informações do G1>