Preocupados com problemas ambientais causados pelo descarte incorreto do lixo e com a possibilidade de transformá-lo em fonte de renda para quem precisa, alguns condomínios de Belém começam a firmar parcerias com cooperativas de coleta seletiva.
Foi o que aconteceu no Villa Firenze, um residencial localizado em Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém, onde, há dois anos, os moradores vêm sendo conscientizados sobre a importância de dar a destinação correta ao lixo.
Através da parceria firmada com a Cooperativa de Trabalho dos Profissionais do Aurá (Cootpa), o condomínio é hoje uma referência na questão da coleta seletiva. De acordo com Micheline Guiarrizo, moradora do condomínio, a grande maioria dos condôminos possui uma lixeira extra em casa e fica à espera do recolhimento dos materiais que tem como destino a reciclagem.
“Já deixamos o lixo da coleta seletiva separado, à parte do lixo doméstico. Aqui tem uma área verde bem cuidada, que serve de abrigo para animais que sumiram dos ambientes mais urbanos. E isso já diferencia o condomínio dos outros. Manter esse ecossistema exige um compromisso com a natureza. E eu, como moradora me sinto extremamente conectada com a minha região e com esses valores”, diz.
MUDANÇA
Além do condomínio de Michelle, a conscientização sobre a questão do lixo começa a ganhar força em outros residenciais de Belém. Segundo Noêmia do Nascimento, presidente da Cootpa, pelo menos outros dois condomínios também já estão na lista dos que fazem a coleta seletiva. Ambos na região metropolitana de Belém.
“A coleta seletiva ainda é uma missão difícil por conta do hábito das pessoas de jogarem coisas que podem ser recicladas no mesmo cesto que todos os outros lixos. Mas, o nosso papel é ir até as casas e recolher tudo que pode ser reaproveitado. Hoje nós estamos mais presentes em condomínios de Ananindeua, mas estamos buscando parceria com prédios no centro de Belém também”, explica Noemia.
A cooperativa atua há quase 20 anos e foi uma das primeiras a fazer coleta seletiva no Pará. Atualmente são cerca de 20 colaboradores, todos ex-catadores do Lixão do Aurá, e que sobrevivem da coleta e venda de materiais como papel, ferro, papelão, latinhas e plásticos para reciclagem.
TECNOLOGIA
Para quem já separa o lixo, mas não sabe como dar a destinação correta ou está interessado em iniciar esse processo, existe um aplicativo que facilita o recolhimento do material reciclável de forma prática e rápida. O AWA online, criado por estudantes do curso de Tecnologia em Produção Multimídia da Universidade Federal do Pará (UFPA), permite à comunidade a coleta em grupo ou individual de materiais recicláveis.
O app, lançado no início deste ano, é gratuito e pode ser instalado em telefones com o sistema Android ou IOS. Entenda como funciona o aplicativo:
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