
Nada melhor que um novo ciclo para iniciar um projeto. Liège abre caminhos para seu disco de estreia com o single inédito "Lava", nesta sexta-feira, 3, um dia antes de seu aniversário. A faixa traz a participação especial do cantor paulistano Daniel Yorubá.
A música foi escolhida para apresentar "Ecdise", o primeiro disco de carreira da cantautora paraense, produzido pelo DJ Duh. "Lava" também nasce acompanhada de um clipe exclusivo criado por Amanda Gil ilustradora e Tamires Nobre.
"Lava fala de amor em tempos pandêmicos e é também uma forma de revolução", reflete Liège. "Essa canção revela uma das facetas do disco, trazendo a energia de novas composições, mais dançantes e ritmadas, pops", completa.
Para a cantora, divulgar esta novidade próximo ao seu aniversário é mais que um presente: é o início de uma nova fase, um recomeço de carreira a partir da revelação de "uma nova pele que foi sendo trocada durante a construção do disco", explica Liège, aludindo ao próprio título do novo álbum, Ecdise, termo técnico dado ao processo de troca ou eliminação do exoesqueleto de várias espécies animais, entre elas, as cobras.
Sobre a participação de Daniel Yorubá, Liège explica que foi uma conexão feita pelo DJ Duh, produtor do disco. Cantor e compositor, nascido e criado na periferia de São Paulo, Daniel mistura MPB, ritmos africanos, Reggae, Hip Hop e Pop. "Daniel trouxe seu axé, sua cadência e timbre que encaixaram perfeitamente pro clima da música, pro que ela pedia. Ele captou imediatamente quem era a mulher, a parceira dele na música e compôs o verso dele lindamente. Fechamos juntos a imagem dessa mulher potente no amor e na vida", comenta a artista.
Artista celebra a ancestralidade em "Ecdise"
O que vem depois da troca de pele? "Ecdise" é o nome científico dado ao processo de mudança da parte externa, para crescimento de alguns animais, seja a pele, carcaça ou parte do corpo, período de mudança profundo, por vezes, doloroso. No caso das cobras, elas trocam toda a pele para crescer, recomeçando um novo ciclo. Foi esse nome que a cantora e compositora Liège decidiu dar ao primeiro disco, um trabalho que desnuda a artista, que passou por um processo profundo de autoconhecimento e resgate de sua ancestralidade que vem da Amazônia brasileira.
Foi no processo de produção que Liège reafirmou suas influências e mergulhou em sua musicalidade. Estão presentes neste trabalho, as tardes na rádio-poste em que sua mãe trabalhava em Mosqueiro, distrito de Belém à beira do rio, as mandingas a que as mulheres do Norte são apegadas e por elas protegidas, as noites nos barzinhos, os primeiros passos na música autoral, mas também a mulher que atravessou os Estados Unidos cantando e tocando sozinha pela primeira vez. A menina, a mulher, a artista e a fã estão neste trabalho de maneira original, renovada. A voz potente e cada vez mais decidida canta a ancestralidade e a emancipação pessoal, embalada por uma sonoridade pop que é atravessada por elementos da MPB, do R&B, ritmos afro amazônicos e da World Music.
"Pesquisamos diversas referências: africanas, brasileiras, e tudo isso dentro da minha regionalidade, preservando meu sotaque e minhas questões amazônicas. Trouxemos esses atravessamentos todos para uma zona contemporânea, incluindo um pouco de r&b, pop, buscando a world music. Acho que isso ficou muito legal no álbum", explica a artista.
Essa conexão e redescoberta foi feita com o auxílio do experiente DJ Duh (Emicida, Arnaldo Antunes e Tulipa Ruiz), produtor musical paulista que encontrou Liège e se sentiu desafiado a conhecer a artista brasileira da Amazônia que traz em seu trabalho a ancestralidade nortista e uma musicalidade universal. Foi uma amiga que percebendo as coincidências musicais fez a ponte entre os dois.
"Conheci a Liège através de uma caixinha de sugestões que coloquei no Instagram, onde uma amiga em comum indicou o nome dela como possível nome que eu pudesse produzir em 2019. Gostei do desafio de produzir uma artista do Norte do Brasil, acredito que o eixo SP/RJ tem um círculo vicioso e a linguagem do Norte/Nordeste são o futuro, na verdade o presente, da música pop brasileira e o maior desafio, além da distância, foi de fazer com que a obra soasse pop, brasileira e não prejudicasse a regionalidade dela", relembra Duh.
"O Ecdise é, pra mim, mais um grande disco em que trabalhei, é um disco Pop/World Music de características e abordagens únicas! É o reencontro de uma artista consigo mesma e com as suas origens, sem deixar de protestar, de falar de dor e com certeza também de amor", avalia DJ Duh, produtor do disco.
"O Duh é produtor muito respeitoso, que me dizia o tempo todo: 'eu acho isso, eu gosto daquilo, mas o disco é seu, você tem que me dizer o que sente e gosta mais'. Muitas vezes o Duh também me desafiou, me trouxe bases que provocaram minhas composições. Eu cresci pra caramba com isso tudo, digo com toda convicção", ela comenta.
O trabalho de estreia de Liège tem patrocínio do programa Natura Musical via Lei Semear.
Lava
O single e videoclipe estarão disponíveis nas plataformas de streaming hoje, 3. Confira nas redes da artista.
*Com informaçoes da assessoria
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