Cooperativas do Pará representarão o Brasil na COP30 com cases de sustentabilidade e inovação

O cooperativismo paraense estará em evidência na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA), de 10 a 21 de novembro deste ano. Sete cooperativas do Pará — COOPATRANS, CAMTA, SICOOB COOESA, COOMFLONA, COOPERNORTE, TURIARTE e FECOGAP — foram selecionadas por meio de edital nacional do Sistema OCB, para representar o cooperativismo brasileiro no evento, que reunirá lideranças de todo o mundo em torno da pauta climática.

As cooperativas participarão de painéis temáticos oficiais e exposições promovidas pelo Sistema OCB e em espaços parceiros do Governo Federal, como o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA). A seleção integra o esforço nacional de destacar experiências concretas que contribuem para a transição climática justa, com base nos cinco eixos do Manifesto do Cooperativismo Brasileiro para a COP30: segurança alimentar, financiamento climático, transição energética, bioeconomia e mitigação de riscos climáticos.

Cases das cooperativas do Pará

CAMTA – “Referência em produção a partir de sistemas agroflorestais, com manejo sustentável na Amazônia”. Destaque nacional em agrofloresta, a cooperativa de Tomé-Açu é pioneira na integração entre produção agrícola e preservação ambiental.

COOPATRANS – “Chocolates da Cacauway: um negócio de impacto social”. Apresenta a experiência da cooperativa na cadeia do cacau em Medicilândia, com geração de renda, inclusão produtiva e valorização da agricultura familiar amazônica. 

SICOOB COOESA – “Cooperativa Mirim Marajoara: crianças e adolescentes unidos pela cooperação, cultivando futuro sustentável no Marajó”. Iniciativa de educação cooperativista que alia sustentabilidade e formação cidadã, despertando desde cedo o sentimento de pertencimento e cuidado com o meio ambiente.

COOMFLONA – “Manejo Florestal Sustentável na Flona do Tapajós” . Modelo de referência mundial em manejo comunitário, conciliando conservação ambiental com geração de trabalho e renda para comunidades tradicionais.

COOPERNORTE – “Cooperação Embrapa–COOPERNORTE: inovação e resiliência climática para a Amazônia”. Case que mostra a parceria com a Embrapa em projetos de inovação tecnológica, produtividade sustentável e práticas de baixo carbono no campo.

TURIARTE – “Geração de renda sustentável com artesanato e turismo comunitário na Amazônia” . A cooperativa de Santarém apresenta um exemplo de bioeconomia e valorização cultural por meio do artesanato e do turismo de base comunitária.

FECOGAP – “O garimpo como aliado do desenvolvimento sustentável e da inclusão social na Amazônia”. A federação das cooperativas de garimpeiros mostra como o cooperativismo mineral pode ser um agente de formalização, recuperação ambiental e geração de renda sustentável.

Para o presidente do Sistema OCB/PA, Ernandes Raiol, a presença das cooperativas paraenses na COP30 evidencia a força e a diversidade do cooperativismo no Estado: “As cooperativas do Pará têm mostrado que é possível desenvolver a Amazônia com equilíbrio entre produção e conservação. Cada case selecionado é uma prova de que o cooperativismo é um modelo de desenvolvimento sustentável e socialmente justo, que respeita o território, valoriza as pessoas e apresenta soluções concretas para o enfrentamento das mudanças climáticas.”

Com o apoio técnico e institucional do Sistema OCB/PA, o cooperativismo paraense demonstra sua capacidade de gerar impacto ambiental positivo, fortalecer comunidades e inspirar novas formas de desenvolvimento sustentável na Amazônia.

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