Alimentos em pó podem contribuir para uma rotina saudável e prática Crédito: Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock
Consumir certos alimentos em pó pode trazer diversos benefícios para a saúde e praticidade para o dia a dia. Alguns produtos são ricos em nutrientes, pois passam por processos de desidratação que preservam suas propriedades nutricionais. Além disso, têm uma longa vida útil, o que facilita o armazenamento e reduz o desperdício. >
Liziane Camargo, docente do curso de nutrição da Faculdade Anhanguera, ressalta que, para garantir a qualidade e segurança desses alimentos, é importante seguir alguns cuidados. “Armazená-los em locais secos e frescos, longe da luz direta, ajuda a manter suas características. Verificar a data de validade e seguir as instruções de preparo também são essenciais para evitar contaminações e garantir o máximo aproveitamento dos nutrientes”, orienta. >
Alimentos em pó com bom perfil nutricional
Liziane Camargo explica que os alimentos em pó podem fazer parte de uma alimentação equilibrada , desde que escolhidos com atenção e inseridos de forma consciente. “Não estamos falando só de produtos industrializados ultraprocessados; hoje existe uma variedade de opções mais naturais e funcionais”, afirma. >
Entre os alimentos em pó com bom perfil nutricional, a nutricionista cita: >
Leite em pó integral ou desnatado: mantém boa parte dos nutrientes do leite fluido;
Farinhas funcionais: as farinhas de banana verde, de linhaça e de amêndoas são ricas em fibras e compostos bioativos;
Cacau em pó puro (100% cacau): fonte de antioxidantes como os flavonoides;
Proteínas em pó: o whey protein (proteínas do soro do leite) e a proteína vegetal, por exemplo, são úteis para complementar a ingestão proteica em algumas situações clínicas ou de estilo de vida (como idosos, atletas ou em contextos clínicos específicos);
Frutas e vegetais liofilizados em pó: açaí, morango, beterraba, espinafre e cenoura preservam cor, sabor e grande parte dos nutrientes, além de poder ser incorporados em preparações diversas.
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Os alimentos em pó devem ser vistos como um recurso útil dentro do planejamento alimentar, mas não como solução milagrosa Crédito: Imagem: Okrasiuk | Shutterstock
Consumindo alimentos em pó adequadamente
Para aproveitar as qualidades dos alimentos em pó corretamente, Liziane Camargo recomenda: >
Use como complemento, mas não como base da sua alimentação;
Incluir cacau em pó no iogurte natural, no leite ou bebida vegetal, no lugar de achocolatados prontos, por exemplo, agrega sabor e antioxidantes;
Use farinha de linhaça para enriquecer o mingau, a vitamina ou até uma receita de bolo caseiro;
Utilizar mix de fibras pode ajudar quem está com intestino preso, mas deve vir com uma boa ingestão de água e vegetais;
Incluir proteína em pó, como um whey protein de qualidade no pós-treino, se houver indicação profissional. Contudo, esse não deve ser o substituto oficial de todas as refeições;
Usar temperos naturais desidratados em pó (como cúrcuma, alho, cebola, páprica) no preparo das refeições para agregar mais sabor e cor nas preparações;
Sempre priorize a variedade de alimentos in natura e minimamente processados;
Veja os alimentos em pó como um recurso útil dentro do planejamento alimentar, mas não como a solução milagrosa.
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Atenção aos rótulos e ao uso
A nutricionista alerta que pessoas alérgicas e intolerantes devem sempre checar os potenciais alergênicos e traços presentes no rótulo dos alimentos em pó. Além disso, Liziane Camargo reforça que suplementos e alimentos concentrados devem ser usados com acompanhamento profissional, principalmente quando há propósito terapêutico. >
Alimentos em pó para evitar
Apesar dos benefícios dos alimentos em pó, nem todos devem fazer parte da rotina alimentar. Abaixo, a nutricionista explica alguns para ter cuidado: >
Evite os alimentos em pó que têm açúcar, maltodextrina, gordura vegetal hidrogenada ou xarope de glicose como primeiros ingredientes;
Observe o teor de sódio: produtos em pó podem ser campeões nesse item;
Desconfie de termos como “sabor natural”, “aroma de…”, “light” ou “zero”, sem verificar o que isso de fato significa na tabela nutricional;
Também desconfie de alegações exageradas, como “milagroso”, “cura isso ou aquilo”, “100% natural” (sem ter real comprovação disso);
Procure selos de qualidade, informações sobre a fonte da matéria-prima e, se possível, empresas com responsabilidade socioambiental.