6 benefícios da terapia de reprocessamento generativo para casais

O método pode contribuir significativamente para a melhora das relações amorosas

Publicado em 12 de maio de 2025 às 11:14

A terapia de reprocessamento generativo ajuda a resolver questões no relacionamento amoroso (Imagem: Prostock-studio | Shutterstock)
A terapia de reprocessamento generativo ajuda a resolver questões no relacionamento amoroso Crédito: Imagem: Prostock-studio | Shutterstock

A Terapia de Reprocessamento Generativo (TGR) é uma abordagem psicoterapêutica que pode contribuir significativamente nas relações amorosas por atuar diretamente nos padrões emocionais e comportamentais inconscientes que influenciam a maneira como nos relacionamos. Abaixo, veja algumas formas de como ela pode ajudar: 

1. Melhoria da autoconsciência e autorregulação emocional

A TRG ajuda a pessoa a acessar e reprocessar memórias e experiências que moldaram suas crenças e reações emocionais. Isso permite que ela compreenda e modifique padrões automáticos que afetam negativamente o relacionamento, como ciúme excessivo, necessidade de controle ou dificuldade em confiar.

2. Reestruturação de crenças limitantes

Crenças inconscientes como “não sou digno de amor” ou “as pessoas sempre me abandonam” podem sabotar relacionamentos. A TRG atua na origem dessas crenças, permitindo que sejam substituídas por outras mais saudáveis, como “sou suficiente” ou “posso ser amado de forma segura”.

3. Aprofundamento da empatia e conexão

Ao trabalhar traumas ou feridas emocionais do passado, a pessoa se torna menos reativa e mais aberta ao diálogo e à escuta no relacionamento. Isso aprofunda a empatia e fortalece a conexão emocional com o parceiro.

4. Comunicação mais clara e menos defensiva

Ao reduzir gatilhos emocionais inconscientes, a TRG ajuda os indivíduos a se comunicarem com mais clareza, presença e sem entrar em estados de defesa ou ataque, que são comuns em conflitos conjugais.

5. Superação de traumas relacionais

Se o casal passou por experiências difíceis, como traição ou abandono, a TRG pode ser usada para ajudar a ressignificar essas experiências e reconstruir a confiança de forma sólida e verdadeira.

6. Apoio no crescimento conjunto

Além de resolver conflitos, a TRG pode apoiar o casal a crescer emocional e espiritualmente juntos, fortalecendo os pilares do casamento: respeito, intimidade, parceria e propósito.

Acessando a memória profunda, a terapia de reprocessamento generativo ajuda os casais a superarem traumas (Imagem: simona pilolla 2 | Shutterstock)
Acessando a memória profunda, a terapia de reprocessamento generativo ajuda os casais a superarem traumas Crédito: Imagem: simona pilolla 2 | Shutterstock

Exemplo de uso da TGR

Para compreender melhor como funciona a terapia de reprocessamento generativo, confira o exemplo abaixo. Os nomes foram alterados para preservar a identidade do casal:

Adriana tem 32 anos e está em um relacionamento estável há 2 anos com Marcelo. Apesar do carinho e da dedicação dele, ela sente ciúmes constante e uma desconfiança que considera exagerada. Isso causa brigas frequentes. Ela já teve relacionamentos anteriores com traições e abandono, inclusive na infância com o pai ausente. 

Aplicando a TRG na sessão

Para identificar o padrão, o terapeuta pergunta a Adriana: “Quando você sente essa desconfiança do Marcelo, onde sente isso no corpo?”. Adriana responde: “Uma dor no estômago, como se fosse medo”.  

O terapeuta convida Adriana a voltar ao momento mais antigo em que sentiu esse mesmo tipo de dor. Ela acessa uma memória aos 7 anos, quando o pai prometeu buscá-la na escola e não apareceu. Ela ficou esperando, se sentindo sozinha e traída. 

Reprocessamento

Na TRG, o terapeuta ajuda Adriana a reprocessar emocionalmente essa experiência com o pai, não apenas racionalmente, mas no nível sensorial e afetivo. Ela pode, por exemplo, visualizar a si criança recebendo acolhimento, segurança e uma nova resposta emocional a essa situação.

Geração de um novo estado interno

Depois do reprocessamento, Adriana começa a se conectar com um novo estado interno: “Agora sinto que posso confiar em mim e perceber que Marcelo não é o meu pai”. Ela passa a distinguir melhor o passado do presente.

Esse novo estado é ancorado com gestos, palavras ou visualizações, para que Adriana possa acessá-lo no dia a dia. Ao enfrentar uma situação de dúvida no relacionamento, ela ativa esse novo “caminho neural”.

Resultados potenciais

  • Menos reatividade emocional;
  • Redução dos episódios de ciúmes;
  • Comunicação mais calma com o parceiro;
  • Maior capacidade de distinguir o presente do passado;
  • Melhora no vínculo e na segurança emocional do casal.

Por Robson Stolfi

Terapeuta certificado em Terapia de Reprocessamento Generativo (TRG). Com especializações em Psicopedagogia e Análise do Comportamento Aplicada ao Autismo, alia conhecimento acadêmico e experiência para ajudar pessoas a superarem traumas e dificuldades emocionais.