Publicado em 8 de maio de 2025 às 14:14
Durante o outono e o inverno, os casos de gripe tendem a aumentar, principalmente entre os meses de abril e agosto. Para proteger a população, reduzir internações e aliviar a sobrecarga nos serviços de saúde, os médicos recomendam que as pessoas se vacinem contra a doença. >
A gripe é uma infecção aguda do sistema respiratório, provocada pelo vírus Influenza, com alto potencial de transmissão. Como destaca a Organização Mundial da Saúde (OMS), a doença não deve ser vista como algo irrelevante, visto que pode evoluir para formas mais sérias, principalmente entre os grupos de alto risco. >
Isso porque ela pode se tornar uma doença grave e levar a complicações, especialmente em casos de pessoas com doenças crônicas (asma, hipertensão arterial, obesidade e diabetes), gestantes, idosos e crianças menores de 5 anos. >
Existem quatro vírus da gripe : Influenza tipos A, B, C e D, sendo os tipos A e B os que normalmente circulam anualmente e causam a doença em humanos, que geralmente se inicia com sintomas de febre súbita, tosse (geralmente seca), dor de cabeça, dores musculares e articulares, mal-estar, dor de garganta e coriza. A transmissão ocorre por secreções das vias aéreas no contato com uma pessoa doente ou por objetos tocados por ela. >
Segundo o Ministério da Saúde do Brasil, a vacinação anual salva vidas e previne milhões de casos graves e óbitos por gripe. No entanto, algumas pessoas ainda têm dúvidas quando se trata de sua vacina e, infelizmente, não faltam informações incorretas a respeito. Tais equívocos, muitas vezes, impedem as pessoas de serem vacinadas contra o vírus Influenza. >
Confira, abaixo, alguns mitos e os esclarecimentos sobre a vacina da gripe! >
Mito. A vacina contra a gripe não causa gripe , seja trivalente (vacina contendo 3 cepas do vírus Influenza) ou quadrivalente (ou tetravalente — contendo 4 cepas). Ela reduz o risco de contrair o vírus em até 90%, conforme o Ministério da Saúde. >
Contudo, se você o contrair mesmo assim, os sintomas deverão ser menos graves do que se não tivesse recebido a vacina, pois ela estimula o sistema imunológico na defesa contra o vírus, ajudando a reduzir significativamente complicações de saúde associadas, hospitalizações e sintomas respiratórios graves. >
Mito. A gripe deve ser levada a sério, pois pode levar a complicações graves e à hospitalização, principalmente para grupos de risco. Mesmo que você se sinta saudável e contrair o vírus poderá não afetar sua saúde a longo prazo, é importante lembrar que as pessoas com quem você entra em contato diariamente também estarão em risco. >
“A vacinação contra a gripe é fundamental para a proteção individual e coletiva. Além dos grupos de risco, é essencial que toda a população procure a prevenção, pois quanto mais pessoas estiverem vacinadas (incluindo adolescentes e adultos saudáveis, por exemplo), podemos dificultar a circulação do vírus estabelecendo ambientes saudáveis (seja familiar, seja na empresa ou outros de convívios sociais). A prevenção é a chave para o cuidado conosco e com todos ao nosso redor”, conta a Dra. Melissa Palmieri, médica e sanitarista, atual vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações — Regional São Paulo. >
Mito. Você precisa ser vacinado todos os anos por duas razões muito importantes. Primeiro, o vírus da gripe está em constante mudança. À medida que as cepas mudam, novas vacinas são desenvolvidas para garantir proteção. Com isso, a vacina do ano anterior pode não estar preparada para combater os vírus comuns da gripe desta temporada. >
Em segundo lugar, embora a vacina contra gripe sazonal deva protegê-lo durante a temporada, os anticorpos que o corpo produz para protegê-lo diminuem ao longo do tempo. Participar da vacinação contra a doença todos os anos ajuda a manter a proteção ano após ano. >
Mito. Crianças menores de 5 anos são mais propensas a desenvolver complicações graves se contraírem o vírus Influenza , e a vacina ajuda a diminuir esse risco. Um estudo de 2017 publicado na Pediatrics mostrou que a vacina contra a doença reduziu em 65% o risco de morte associada à gripe em crianças e jovens saudáveis de 17 anos ou menos. Neste sentido, o Ministério da Saúde recomenda que todas as pessoas com mais de 6 meses sejam vacinadas contra a gripe. >
Mito. Com base na pesquisa mais atual, o Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC) dos Estados Unidos não encontrou evidências de que a vacina contra a gripe torna as pessoas mais suscetíveis a outras infecções respiratórias. Além disso, um estudo publicado no Journal of Infectious Diseases, chamado“ Boosting of Cross-Reactive and Protection-Associated T Cells in Children After Live Attenuated Influenza Vaccination ”, mostrou que tomar uma vacina contra a gripe não enfraquece o sistema imunológico. >
Mito. Além da vacinação, é importante lavar as mãos ou usar álcool em gel e continuar se testando para evitar a contaminação e propagação do vírus. “Especialmente nos meses de clima mais frio , quando as pessoas tendem a se reunir em espaços fechados, com ar seco, pode haver um aumento na disseminação de vírus respiratórios, como gripe (Influenza) e COVID-19″, explica o Dr. Oscar Guerra, diretor médico da Divisão de Diagnósticos Rápidos da Abbott para a América Latina. >
Essas infecções compartilham sintomas similares — como tosse, coriza ou congestão nasal, febre, dor de garganta, fadiga e dor de cabeça —, é difícil um diagnóstico apenas considerando os sintomas, sem testagem. >
Para facilitar o diagnóstico, existem opções de teste rápido no mercado, que permite aos profissionais de saúde diagnosticarem Influenza A ou B e COVID-19 em um único teste de swab, com resultados em até 15 minutos, e prescrever o tratamento adequado mais rapidamente. >
Ao contrair a gripe, é importante adotar alguns cuidados. “Caso você contraia o vírus Influenza e desenvolva a gripe, é fundamental manter-se hidratado, descansar e adotar uma alimentação saudável”, afirma Patrícia Ruffo, nutricionista e gerente científica da Divisão Nutricional da Abbott no Brasil. Isso porque a hidratação é uma parte importante da recuperação em um quadro de gripe, ajudando não só a amenizar os sintomas, mas também colabora para o corpo começar a se recuperar. >
“Outro ponto muito importante é que se você começar a sentir sintomas parecidos com os da gripe, vá ao médico o mais rápido possível para fazer o teste. A medicação antiviral funciona melhor se administrada até 48 horas após o início dos sintomas. Portanto, fazer o teste mais cedo pode levar a melhores resultados”, destaca o Dr. Oscar Guerra. >
Por Bruno Escudero >