Publicado em 20 de julho de 2025 às 19:55
De acordo com dados do Ministério da Saúde, as doenças da coluna estão entre os principais motivos de concessão de auxílio-doença pelo INSS, com a hérnia de disco liderando os diagnósticos relacionados.>
Apesar da alta incidência, o procedimento cirúrgico para tratar a hérnia de disco ainda é cercado de mitos que geram receio nos pacientes. O cirurgião de coluna, João Rufino, destaca que a cirurgia é indicada apenas em casos específicos. “Mais de 90% dos pacientes com hérnia de disco melhoram com tratamento clínico, que inclui fisioterapia, analgesia e reabilitação. A cirurgia só é necessária quando há falha do tratamento conservador ou quando o paciente apresenta sintomas neurológicos importantes, como perda de força ou alteração da sensibilidade”, explica o médico.>
Outro receio comum é o de que a cirurgia seja de alto risco. Segundo a Sociedade Brasileira de Coluna (SBC), o índice de complicações graves em cirurgias de hérnia de disco lombar é inferior a 1%. "Com as técnicas minimamente invasivas, o procedimento é mais seguro, com menos tempo de internação e recuperação mais rápida. Em muitos casos, o paciente recebe alta no mesmo dia", afirma.>
A preocupação com possíveis limitações após a cirurgia também é infundada. “Com o acompanhamento adequado no pós-operatório, o paciente pode retomar suas atividades habituais, incluindo trabalho e prática de exercícios físicos. O foco é sempre a recuperação funcional completa”, reforça o especialista.>
Ainda segundo ele, a adoção de hábitos saudáveis após o tratamento é fundamental para reduzir o risco de recorrência. “É importante que as pessoas busquem orientação médica especializada e evitem acreditar em mitos que só aumentam a ansiedade e o medo sobre o procedimento”, conclui.>