Publicado em 6 de junho de 2025 às 12:14
O teste de triagem neonatal, conhecido como teste do pezinho, é realizado nos primeiros dias de vida do recém-nascido. Ele é fundamental para a detecção precoce de diversas doenças metabólicas, genéticas e infecciosas, condições que podem causar sérios problemas de saúde se não forem tratadas a tempo. >
No Brasil, o exame faz parte do Programa Nacional de Triagem Neonatal (PNTN) do Sistema Único de Saúde (SUS), com acesso garantido a todos os recém-nascidos. Em 2001, a Lei n.º 10.454 oficializou 6 de junho como o Dia Nacional do Teste do Pezinho, data criada para promover a divulgação sobre a importância do teste e incentivar os pais o realizarem em seus filhos. >
“Ao contrário do que muitos acreditam, a coleta não acontece imediatamente após o nascimento. Ela deve ser realizada preferencialmente entre o 3º e o 5º dia de vida do bebê, e o foco é a identificação de doenças metabólicas hereditárias e genéticas”, explica Maria de Lourdes de Melo e Silva, pediatra e neonatologista do Hospital e Maternidade São Luiz São Caetano do Sul. >
No Brasil, o teste básico oferecido pelo SUS detecta as seguintes doenças: >
Há ainda a opção do teste ampliado, para detectar outras condições como toxoplasmose congênita, galactosemia, deficiência de G6PD, entre outras. >
“O diagnóstico precoce dessas doenças possibilita intervenção médica em tempo adequado para prevenir complicações graves e garantir, em muitos casos, qualidade de vida e um desenvolvimento saudável para a criança , por isso a realização do teste do pezinho é tão importante”, destaca a pediatra. >
Abaixo, Maria de Lourdes de Melo e Silva esclarece algumas dúvidas comuns sobre o teste do pezinho. Confira! >
O nome popular do exame vem da forma como é realizada a coleta de sangue, retirada do calcanhar do bebê, que é uma área rica em vasos sanguíneos e proporciona coleta suficiente de sangue com menor desconforto. >
A picada no calcanhar pode causar um leve desconforto ao bebê , mas é rápida e essencial para a saúde da criança. >
Se o teste indicar a presença de alguma das condições, os pais são imediatamente chamados para realizar testes confirmatórios e iniciar o tratamento quanto antes, minimizando os riscos e complicações para a criança. >
A ausência do exame impede a detecção precoce de doenças graves que, se não tratadas a tempo, podem levar a consequências severas e irreversíveis para a saúde do bebê. >
O teste é obrigatório para todos os recém-nascidos . Este exame faz parte do Programa de Triagem Neonatal do Ministério da Saúde (MS). Todos os estados do país estão credenciados para realizá-lo. >
Além do teste padrão disponível no SUS, na rede privada há a opção do teste ampliado, que compreende a detecção de um número maior de doenças. Essa decisão deve ser tomada pelos pais em conjunto com o pediatra, considerando suspeita de síndromes metabólicas já ao nascimento ou histórico familiar de síndromes metabólicas hereditárias. >
Por Samara Meni >