Idade não é limite: medicina preventiva garante mais saúde e autonomia a pessoas idosas

Aos 75 anos, dona Ana Célia Soares tem uma rotina que inspira: acorda às 7h, toma um café reforçado e segue para sua sessão de fisioterapia em um centro de convivência no bairro do Jurunas, em Belém. “Se eu parar, enferruja”, brinca ela, com o bom humor de quem descobriu na medicina preventiva uma nova forma de envelhecer.

Assim como ela, diversos de brasileiros estão mudando a forma de encarar o passar dos anos. O foco agora é cuidar do corpo antes que ele reclame. E a prevenção é a grande aliada nessa missão. Segundo o Panorama da População Brasileira, o Brasil tem hoje mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa cerca de 15% da população total. Até 2030, o número de pessoas idosas vai superar o de crianças e adolescentes de 0 a 14 anos no país.

Prevenir é viver melhor, não só viver mais. “Cuidar da saúde antes de o problema aparecer é o segredo. Quedas, dores articulares e até doenças cardíacas podem ser evitadas com medidas simples no dia a dia”, explica o fisioterapeuta, Cleison Rodrigues.

A medicina preventiva ajuda a manter a funcionalidade, a autonomia e a qualidade de vida, além de reduzir o risco de agravos causados por traumas osteomioarticulares ou patologias crônicas, que estão entre os principais fatores de incapacidade funcional nessa faixa etária.

Dona Ana Célia é prova disso. Após sentir tonturas frequentes e sofrer uma queda em casa, decidiu mudar sua rotina com apoio da família. “Hoje faço exercícios, bebo mais água, durmo melhor. E o mais importante: parei de tomar tanto remédio porque melhorei de verdade”, conta