Publicado em 17 de setembro de 2025 às 16:48
Recentemente, a influenciadora Virgínia Fonseca gerou debate nas redes sociais ao afirmar que seu filho caçula teria “um mês para falar”. A declaração resultou questionamentos entre os seguidores sobre os marcos do desenvolvimento infantil, principalmente sobre atrasos na fala. >
Para especialistas, cada criança tem seu próprio ritmo de desenvolvimento. No entanto, além da fala, existem outros parâmetros que ajudam pais e profissionais de saúde a acompanharem o progresso da comunicação da criança, como sorrisos, balbucios e respostas sonoras. >
“É essencial observar não apenas quando a criança começa a falar, mas todo o conjunto de sinais de desenvolvimento comunicativo e de linguagem”, explica a fonoaudióloga Letícia Sena. Segundo ela, atrasos podem estar ligados a diferentes fatores — desde questões transitórias até condições como transtornos de linguagem, autismo ou síndromes genéticas. >
“Estar atento precocemente faz toda a diferença. O cérebro da criança na primeira infância está em pleno desenvolvimento, criando conexões que serão fortalecidas ou descartadas nas chamadas podas neurais. Se essas conexões não forem bem estimuladas, a criança pode passar por etapas cruciais sem ter consolidado habilidades importantes”, alerta a profissional. >
Veja marcos importantes no desenvolvimento da fala da criança conforme a idade: >
Ausência de palavras aos 16 meses, dificuldade de formar frases de duas palavras aos 2 anos, ou fala ainda pouco compreensível aos 3 anos, são sinais de alerta, indicando a necessidade de procurar ajuda profissional. >
Segundo Letícia Sena, os pais são peças fundamentais no processo de desenvolvimento da fala das crianças. Brincadeiras, leituras, músicas e tempo de qualidade estimulam a comunicação de forma natural. “Respeitar o tempo da criança não significa ignorar sinais de alerta. O equilíbrio é fundamental: nem tudo é motivo para preocupação, mas dúvidas devem sempre ser investigadas por um profissional”, orienta. >
Para ela, em um mundo cada vez mais acelerado, o maior desafio é encontrar espaço na rotina para se conectar com os filhos. “Não é preciso muito: 20 a 30 minutos de atenção de qualidade por dia já fazem diferença enorme. Cada semente de tempo que plantamos hoje se transforma em uma árvore no desenvolvimento saudável da criança”, conclui. >
Por Evelyn Guimarães >