Publicado em 16 de setembro de 2025 às 12:48
O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização voltada para a prevenção do suicídio, mas que vai além desse tema. Ele também reforça a importância de cuidar da saúde mental de forma ampla, estimulando diálogos sobre bem-estar emocional, equilíbrio psicológico e apoio mútuo. >
Ao destacar que buscar ajuda não é sinal de fraqueza, mas um ato de coragem, a iniciativa chama a atenção para a necessidade de olhar para si e para as pessoas ao redor com empatia, oferecendo acolhimento e incentivo à procura por apoio profissional sempre que necessário. >
Segundo a psiquiatra Milena Sabino Fonseca, chefe de psiquiatria do Hospital São Luiz Jabaquara, é importante prestar atenção aos sinais do corpo de que a saúde mental não vai bem. “Muitas vezes estamos tão ocupados que não notamos sintomas importantes que podem indicar algo mais sério e que precisa ser tratado”, afirma. >
Conforme a médica, alguns sinais merecem atenção redobrada são: >
Para Milena Sabino Fonseca, o autoconhecimento não é apenas um exercício de reflexão, mas também um ato de cuidado e prevenção. Ela explica que uma boa maneira de monitorar o humor diário é reservar momentos de pausa para se observar, escrever sobre como se sente e conversar com pessoas de confiança. >
Conforme a psiquiatra, a manutenção da saúde mental é construída no dia a dia, “envolvendo hábitos básicos, como manter um sono de qualidade, ter uma alimentação equilibrada, praticar exercícios físicos regularmente, reservar tempo para lazer, cultivar vínculos sociais saudáveis e colocar limites nas demandas excessivas”. >
Milena Sabino Fonseca comenta ainda que a rotina não precisa ser perfeita, mas pequenas escolhas consistentes podem fazer diferença significativa no bem-estar. >
Além de cuidar da própria saúde mental, é essencial observar também familiares e amigos próximos. Muitas vezes, pequenas mudanças de comportamento podem indicar que alguém está passando por dificuldades emocionais . Reconhecer esses sinais e se aproximar de forma acolhedora pode fazer diferença, oferecendo apoio genuíno e demonstrando que a pessoa não está sozinha. >
“Quando uma pessoa passa a se isolar, expressa desesperança, mostra queda de desempenho, ou fala sobre sentir-se um peso, pode indicar um sinal de alerta. Em alguns casos, ela pode mencionar diretamente pensamentos de morte ou suicídio. Esses sinais nunca devem ser ignorados. Escutar sem julgamento e com empatia é o primeiro passo para identificar que ela precisa de apoio”, recomenda a psiquiatra. >
A saúde mental precisa de atenção constante, assim como a saúde física, e o Setembro Amarelo é um lembrete coletivo de que falar sobre sofrimento não deve ser tabu. Ao abrir espaço para o diálogo, a sociedade contribui para quebrar estigmas e incentivar o cuidado com o bem-estar emocional. >
“Valorizar pequenos momentos do dia, manter redes de apoio, respeitar seus limites e buscar ajuda profissional quando necessárias são atitudes que salvam vidas, e lembre-se: pedir ajuda não é sinal de fraqueza, mas, sim, de coragem”, finaliza Milena Sabino Fonseca. >
Por Samara Meni >