10 dicas para conquistar uma vaga em uma universidade europeia

Veja como se organizar para estudar na Europa e passar nos processos seletivos

Publicado em 5 de maio de 2025 às 19:15

A Europa vem se firmando como uma escolha popular entre estudantes internacionais (Imagem: ViDI Studio | Shutterstock)
A Europa vem se firmando como uma escolha popular entre estudantes internacionais Crédito: Imagem: ViDI Studio | Shutterstock

Nos últimos anos, a Europa tem se consolidado como um dos principais destinos globais para estudantes internacionais, impulsionada por políticas educacionais inclusivas, excelência acadêmica e oportunidades de trabalho pós-estudo. Uma pesquisa da European Association for International Education (EAIE), por exemplo, mostrou que mais da metade das universidades europeias registraram aumento nas candidaturas internacionais em 2023. 

Combinando excelência acadêmica, diversidade de cursos em inglês e boas oportunidades, o continente deve alcançar 23,5 milhões de universitários até 2030, sendo que metade deles será composta por estudantes estrangeiros, segundo projeção da JLL Education publicada pelo ICEF Monitor .

Essa expansão é impulsionada por uma combinação de fatores: qualidade acadêmica reconhecida globalmente, grande oferta de cursos em inglês, estruturas de apoio ao estudante internacional , menor burocracia em processos seletivos e opções de custo mais acessíveis em comparação a outros destinos.

“Estudar na Europa exige um planejamento mais objetivo e estratégico do que as pessoas imaginam. São sistemas educacionais distintos, com cronogramas próprios, critérios muito variados e culturas institucionais diferentes. É preciso alinhar expectativas, perfil acadêmico e metas pessoais desde o início”, afirma Glaucia Rosas, cofundadora e diretora-executiva da Co.Learning, centro brasileiro especializado em formação para o ensino superior internacional.

Veja, a seguir, 10 dicas para conquistar uma vaga em uma universidade europeia!

1. Escolha o país a partir do seu perfil e objetivos profissionais

Não escolha o destino somente pela fama da universidade, mas pelo seu projeto. Países como Holanda, Bélgica, Suécia e Alemanha oferecem cursos alinhados a mercados locais. Por isso, faça um cruzamento entre suas áreas de interesse, a reputação das universidades na sua área e o estilo de vida local. “É importante entender o ecossistema profissional do país, especialmente para quem pretende ficar após o curso”, explica Glaucia Rosas.

2. Domine o idioma local

O idioma local amplia a experiência cultural e abre portas para estágios, trabalho e integração social.

3. Crie um cronograma de candidatura personalizado

Cada país e universidade tem prazos distintos. Antecipar-se evita perder oportunidades por falta de tempo. Comece o planejamento com pelo menos 12 meses de antecedência. Monte um cronograma que inclua:

  • Prazos de inscrição;
  • Provas de proficiência (IELTS, TOEFL, Cambridge);
  • Tradução juramentada de documentos;
  • Cartas de recomendação;
  • Carta de motivação (personal statement).

4. Construa um perfil acadêmico que vá além das notas

Experiências extracurriculares, pesquisa, voluntariado e prêmios fazem a diferença. Algumas universidades também exigem exames como o BMAT – BioMedical Admissions Test (para cursos de medicina no Reino Unido) ou portfólios artísticos.

Escrever uma carta de motivação autêntica faz a diferença no processo seletivo (Imagem: Gorodenkoff | Shutterstock)
Escrever uma carta de motivação autêntica faz a diferença no processo seletivo Crédito: Imagem: Gorodenkoff | Shutterstock

5. Escreva uma carta de motivação autêntica e focada

Conte sua história com clareza, conectando interesses pessoais à escolha do curso e da universidade. Evite modelos prontos e adapte-se a cada instituição.

6. Comprove sua elegibilidade para o país de destino

Alguns países exigem histórico específico, média mínima no Enem (Exame Nacional do Ensino Médico) ou documentos traduzidos oficialmente. Consulte os sites oficiais, como DAAD, Campus France ou Nuffic.

7. Planeje o investimento total (mensalidade + custo de vida)

O ensino pode ser gratuito, mas o custo de vida varia. Cidades como Berlim ou Lisboa são mais acessíveis que Paris ou Zurique. Inclua seguro saúde, alimentação, transporte e moradia no orçamento .

8. Entenda as regras de trabalho e permanência pós-curso

Muitos países permitem que estudantes trabalhem e permaneçam legalmente após a graduação. Exemplos:

  • Graduate Visa (Reino Unido);
  • Job-Seeking Visa (Alemanha);
  • PSW Visa (Irlanda).

9. Busque bolsas de estudo e apoios institucionais

Iniciativas como Erasmus+, Eiffel Excellence (França) ou o Holland Scholarship oferecem apoio financeiro para estrangeiros. Dê atenção aos critérios e à documentação exigida.

10. Desenvolva habilidades pessoais para viver no exterior

Estudar fora é um desafio emocional, não apenas acadêmico. Resiliência, autonomia, inteligência emocional e gestão do tempo são fundamentais para uma adaptação saudável.

De acordo com Glaucia Rosas, é uma jornada de crescimento. “Muitos estudantes saem do Brasil com um plano de carreira, mas voltam com um novo olhar sobre si mesmos e o mundo. O preparo pessoal é tão importante quanto o acadêmico”, finaliza.

Por Beatriz Ornelas