5 hábitos cotidianos que poluem o meio ambiente

Algumas atitudes que parecem simples têm impacto direto no meio ambiente

Publicado em 10 de junho de 2025 às 19:16

Atitudes rotineiras aparentemente inofensivas também são responsáveis pela degradação do meio ambiente (Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock)
Atitudes rotineiras aparentemente inofensivas também são responsáveis pela degradação do meio ambiente Crédito: Imagem: Pixel-Shot | Shutterstock

Embora ações sustentáveis estejam cada vez mais presentes no debate público, hábitos aparentemente inofensivos têm um peso significativo na degradação do planeta. Segundo Thalita Moschini, engenheira ambiental e coordenadora dos cursos de Engenharias da Faculdade Anhanguera, atitudes rotineiras, como lavar a calçada com mangueira ou deixar o carregador do celular na tomada, também são responsáveis por desperdício de recursos naturais e aumento da poluição. 

“A mudança precisa começar dentro de casa. Muitas vezes, o impacto ambiental não está só na indústria ou no agronegócio. Está no banho demorado, no lixo mal descartado, no consumo digital exagerado”, afirma.

A seguir, Thalita Moschini lista alguns hábitos cotidianos que poluem. Confira!

1. Descartar óleo de cozinha na pia

Um dos erros mais comuns e prejudiciais ao meio ambiente é jogar óleo usado na pia. “O óleo de cozinha usado, quando jogado na pia, entope tubulações e polui rios e solos. Um único litro pode comprometer até 25 mil litros de água. O ideal é guardar o óleo em garrafas PET e entregá-lo em pontos de coleta específicos, evitando esse dano ambiental”, explica Thalita Moschini.

2. Uso excessivo de delivery e descartáveis

A conveniência das entregas rápidas pode esconder um impacto ambiental preocupante. “A praticidade do delivery vem acompanhada de embalagens de plástico, isopor, talheres descartáveis e sacolas. Esses materiais, muitas vezes não recicláveis, acumulam-se nos lixões e nos oceanos, contribuindo para a poluição plástica global”, explica.

Além disso, segundo Thalita Moschini, consumo excessivo desses itens “contribui para o desmatamento e para a emissão de gases do efeito estufa durante a produção. Sempre que possível, é importante optar por versões recicladas e evitar desperdícios, reduzindo assim o impacto ambiental”.

Mesmo não conectado no celular, o carregador pode consumir energia (Imagem: GBJSTOCK | Shutterstock)
Mesmo não conectado no celular, o carregador pode consumir energia Crédito: Imagem: GBJSTOCK | Shutterstock

3. Deixar carregadores conectados na tomada

Um hábito aparentemente inofensivo pode estar gerando desperdício de energia em larga escala. “Mesmo sem o aparelho conectado, os carregadores continuam consumindo energia elétrica. Esse consumo silencioso, multiplicado por milhões de pessoas, representa um gasto energético significativo e desnecessário”, observa Thalita Moschini.

4. Lavar a calçada com mangueira

O desperdício de água nesse hábito doméstico é maior do que se imagina. “É um hábito comum, mas extremamente prejudicial, pois pode gastar até 560 litros de água em uma hora. Além disso, a água carrega sujeira e produtos químicos que vão direto para o sistema de drenagem urbana, contaminando rios e córregos”, destaca a especialista.

5. O impacto invisível da vida digital

Mesmo ações rotineiras no ambiente virtual têm sua pegada ambiental. “Pouca gente imagina que atividades simples como enviar e-mails com anexos grandes, manter arquivos acumulados em nuvem ou maratonar vídeos em alta definição consomem muita energia. Os data centers que sustentam a internet são grandes emissores de CO₂. Diminuir o uso excessivo da tecnologia e limpar arquivos virtuais são formas eficazes de colaborar com o meio ambiente”, explica Thalita Moschini.

Repense os seus hábitos

A mudança de hábitos começa com informação e responsabilidade no dia a dia. “Repensar o consumo, reduzir excessos e adotar práticas mais sustentáveis no dia a dia são passos simples que, quando somados, geram um impacto positivo real para o meio ambiente. Repensar nossos hábitos e escolhas pode contribuir de forma significativa para a preservação dos recursos naturais. A mudança pode (e deve) começar com você”, conclui a especialista.

Por Bianca Lodi Rieg