Advogado é preso em investigação sobre crimes sexuais em Porto Alegre

Ex-professor da FMP teve prisão temporária decretada; caso mobiliza Polícia Civil, OAB-RS e instituições acadêmicas.

Publicado em 26 de setembro de 2025 às 12:29

Advogado é preso em investigação sobre crimes sexuais em Porto Alegre
Advogado é preso em investigação sobre crimes sexuais em Porto Alegre Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul prendeu temporariamente, nesta sexta-feira (26), o advogado e ex-professor de Direito Conrado Paulino da Rosa, investigado por suspeita de crimes sexuais em Porto Alegre. A corporação informou que ainda não há número confirmado de possíveis vítimas e que “todas as diligências necessárias para a elucidação dos fatos estão sendo rapidamente providenciadas”.

O caso provocou repercussão no meio acadêmico e jurídico. A Fundação Escola Superior do Ministério Público (FMP) desligou Conrado de seu quadro docente no dia 19 de setembro. Em nota, a instituição destacou que a decisão foi administrativa e não significou juízo de valor sobre os fatos, mas reforçou seu compromisso com a ética, a dignidade humana e um ambiente acadêmico seguro e inclusivo.

A OAB-RS (Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Rio Grande do Sul), por sua vez, instaurou um processo ético-disciplinar de ofício para apurar as denúncias. A entidade afirmou que acompanha o inquérito e não descarta medidas adicionais, ressaltando “profunda preocupação” com o caso e reafirmando seu posicionamento contra qualquer forma de violência, em especial contra mulheres.

Nas redes sociais, Conrado se defendeu. O advogado declarou confiar no avanço das investigações e na apuração dos fatos, garantindo que “a verdade se sobressairá”. Ele também repudiou qualquer tipo de violência contra a mulher e enfatizou que investigação não equivale à condenação, destacando o direito à presunção de inocência, ao contraditório e à ampla defesa.

O advogado Paulo Fayet foi constituído como responsável por sua defesa e já adotou providências legais. Enquanto isso, o processo segue sob sigilo, com novos desdobramentos aguardados nos próximos dias.