Publicado em 26 de outubro de 2025 às 21:43
Uma passageira identificada como Karyny Virgino Silva, bancária maranhense de 29 anos, foi detida em flagrante neste domingo (26/10) no Aeroporto Internacional de Brasília após declarar, durante o processo de embarque, que havia uma bomba em sua mala. A prisão foi realizada pela Polícia Federal sob suspeita de atentado à segurança do transporte aéreo.>
Segundo a defesa, Karyny estava acompanhada de uma amiga quando fez a declaração ao atendente da companhia aérea, que levou a informação a sério e acionou imediatamente a Polícia Federal. A própria bancária admitiu ter feito a afirmação, mas alegou que se tratou de uma “brincadeira de mau gosto”, sem intenção de causar pânico ou prejudicar a operação do aeroporto.>
O episódio não interferiu nas operações: nenhum voo foi atrasado ou cancelado, e o atendimento seguiu normalmente. A amiga de Karyny, ouvida pelas autoridades, permaneceu em silêncio, sendo liberada em seguida.>
Em pedido de liberdade provisória, os advogados da ré destacaram que a prisão preventiva seria desproporcional, considerando que Karyny é ré primária, possui endereço fixo e emprego formal. A defesa propõe medidas cautelares, como comparecimento periódico à Justiça, restrição de viagens e proibição de frequentar aeroportos.>
De acordo com o Código Penal, o artigo 261 prevê pena de 2 a 5 anos de reclusão para quem praticar atos que dificultem a navegação aérea, marítima ou fluvial. A lei diferencia crimes cometidos com dolo, quando há intenção de causar perigo, de declarações sem efetiva ameaça.>
O caso está sob análise da Justiça Federal do Distrito Federal, que decidirá sobre a concessão de liberdade provisória. Paralelamente, a Polícia Federal continua investigando as circunstâncias da ocorrência para apurar se houve ou não risco real à segurança do transporte aéreo.>