Bolsonaro tem nova crise de soluços e pede autorização para receber atendimento médico em casa

Defesa do ex-presidente solicitou que um médico vá até sua residência, onde ele cumpre prisão domiciliar.

Publicado em 13 de outubro de 2025 às 11:45

Jair Bolsonaro, ex-presidente da República -
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República - Crédito: Fabio Rodrigues/Agência Brasil

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a apresentar complicações de saúde e solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF) autorização para receber atendimento médico domiciliar. O pedido foi encaminhado na manhã desta segunda-feira (13) ao ministro Alexandre de Moraes, responsável pela relatória do processo onde o ex-presidente cumpre prisão domiciliar.

De acordo com a defesa, Bolsonaro teve um agravamento de episódios persistentes de soluços, situação que, segundo os advogados, justifica a necessidade de avaliação médica imediata. O documento protocolado solicita “apreciação célere” por parte do STF, diante do quadro considerado delicado.

Essa não é a primeira vez que o ex-presidente enfrenta crises semelhantes. No fim de setembro, Bolsonaro já havia apresentado soluços intensos e episódios de vômito, o que quase o levou a uma internação hospitalar. Segundo relatos de Carlos Bolsonaro (PL-RJ), filho do ex-presidente, o médico da família chegou a permanecer na residência durante a madrugada para acompanhar o quadro clínico.

Em outro episódio, ocorrido em 16 de setembro, Bolsonaro precisou ser levado ao Hospital DF Star, em Brasília, após queda de pressão e crises de vômito. Na ocasião, o médico Cláudio Birolini, que acompanha o ex-presidente desde 2018, informou que a internação foi necessária para a realização de exames e medidas terapêuticas.

As crises de soluço e desconforto digestivo têm sido recorrentes desde o atentado à faca sofrido por Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018, que resultou em múltiplas cirurgias abdominais. Médicos apontam que as sequelas da lesão podem causar distúrbios gastrointestinais persistentes, o que explicaria a reincidência dos sintomas.

Até o momento, o novo pedido ainda não foi analisado por Alexandre de Moraes. O ministro, no entanto, já havia determinado anteriormente que Bolsonaro pode se dirigir a hospitais em caso de emergência, se houver comunicação prévia à Corte.

Enquanto aguarda a decisão, o ex-presidente segue sob custódia domiciliar e monitoramento por tornozeleira eletrônica, em meio a investigações conduzidas pelo STF que apuram sua suposta participação em tentativas de golpe de Estado e ataques à democracia.