Publicado em 3 de dezembro de 2025 às 11:47
O país chegou em 2024 ao menor patamar histórico de pobreza e miséria desde o início da série do IBGE, revelou nova divulgação de dados oficiais nesta quarta-feira (03). A proporção de pessoas vivendo em extrema pobreza caiu de 4,4% para 3,5%, o equivalente a cerca de 1,9 milhão de pessoas saindo da linha da miséria.>
Paralelamente, a proporção da população considerada pobre (segundo as linhas de corte do Banco Mundial) recuou de 27,3% para 23,1%, o que representa uma redução de aproximadamente 8,6 milhões de brasileiros nessa condição.>
Fatores por trás da queda>
Segundo especialistas e pesquisadores, a combinação da recuperação do mercado de trabalho, com geração de empregos e aumento de renda, e a manutenção de políticas sociais foram determinantes para o avanço. Um estudo recente do Ipea reforça que 2024 marcou o melhor desempenho socioeconômico do país em mais de três décadas.>
Além disso, o IBGE indicou que, sem os benefícios dos programas sociais, os índices de pobreza e extrema pobreza teriam sido drasticamente piores, com a miséria atingindo cerca de 10% da população. O dado ressalta a importância da rede de proteção social para a estabilidade econômica das camadas mais vulneráveis.>
Desigualdades persistentes>
Mesmo com a melhora geral dos indicadores, antigos padrões de desigualdade continuam evidentes. As pessoas pretas e pardas seguem tendo maiores taxas de pobreza, 25,8% e 29,8%, respectivamente, enquanto na população branca esse percentual cai para 15,1%.>
A persistência dessas diferenças revela que os ganhos, embora sejam importantes, ainda não foram suficientes para superar as desigualdades históricas de renda e oportunidades no país.>
O que os dados dizem para 2025>
Para analistas, os números de 2024 representam uma janela de esperança, mas também um alerta: para que o avanço social se mantenha, será necessário consolidar políticas de inclusão, melhorar a oferta de emprego com carteira assinada e continuar investindo em programas de proteção social.>