Publicado em 9 de dezembro de 2025 às 09:20
A formação de um ciclone extratropical próximo à costa catarinense, um fenômeno classificado por técnicos como atípico para esta época do ano, levou Santa Catarina a paralisar as atividades escolares e reforçar os protocolos de segurança nesta segunda (08), e terça-feira (9). A medida segue o alerta vermelho emitido pela Defesa Civil, que aponta risco alto para enchentes, alagamentos, enxurradas e ventania.>
A instabilidade começou a ganhar força ainda na segunda-feira, com previsão de chuvas volumosas e rajadas de vento persistentes até quarta (10). Diante do cenário, a Secretaria de Estado da Educação suspendeu as aulas em regiões classificadas com risco laranja e vermelho, enquanto as prefeituras optaram por estender a paralisação também à rede municipal para evitar deslocamentos durante o período crítico.>
As interrupções variam conforme o grau de risco:>
- Regiões em laranja, como Alto Vale do Itajaí, Oeste, Extremo Oeste, Meio-Oeste, Planalto Norte e partes do Litoral, tiveram as aulas vespertinas e noturnas canceladas na segunda.>
- Regiões em vermelho, incluindo Grande Florianópolis e Baixo Vale do Itajaí, amanheceram sem atividades no turno matutino desta terça.>
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em sua última semana letiva, seguiu a mesma orientação: suspendeu atividades presenciais não essenciais nesta terça-feira.>
Defesa Civil reforça riscos>
Em nota, o órgão estadual destacou que as áreas do Grande Oeste, Alto Vale do Itajaí e Planaltos concentram o alerta mais elevado para queda de granizo, ventos intensos e deslizamentos. No Litoral, a circulação marítima aumenta a nebulosidade e deixa o mar agitado, com rajadas que podem alcançar 70 km/h. Apesar do mau tempo, as temperaturas seguem elevadas, entre 27°C e 31°C.>
A Defesa Civil também orienta que moradores evitem áreas de risco, monitorem atualizações e acionem o número 199 em caso de emergência.>
Fenômeno é considerado “incomum”>
Meteorologistas da Defesa Civil e da Epagri/Ciram classificam o ciclone como raro por três fatores: formação próxima à costa, entre SC e RS, temperaturas mais altas que o habitual e pressão atmosférica mais baixa que o padrão para este tipo de sistema. O deslocamento lento também amplia os impactos, prolongando o período de instabilidade até quinta-feira (11), quando o ciclone deve avançar para alto-mar.>
Enquanto isso, o estado segue em alerta, monitorando as próximas 48 horas, consideradas decisivas para a evolução dos efeitos do fenômeno.>