'Comando 4' tinha lista com nomes de ministros do STF e tabela de preços por assassinatos

A PF deflagrou nesta quarta-feira (28), a sétima fase da Operação Sisamnes para prender cinco suspeitos de envolvimento com o C4.

Estadão Conteúdo

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Publicado em 28 de maio de 2025 às 11:20

O grupo de extermínio se autodenomina C4.
O grupo de extermínio se autodenomina C4. Crédito: Divulgação/PF

Uma lista com nomes de parlamentares e ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) foi encontrada com o suposto grupo de extermínio autodenominado C4 (Comando de Caça a Comunistas, Corruptos e Criminosos).

Segundo a Polícia Federal, trata-se de uma organização criminosa especializada em espionagem e execuções sob encomenda. O grupo tinha também uma tabela de preços a cobrar por cada execução. A PF investiga agora se houve de fato alguma articulação de atentado contra autoridades.

A descoberta foi feita pela Polícia Federal na investigação sobre o assassinato do advogado Roberto Zampieri, conhecido como "lobista dos tribunais", morto a tiros na porta do seu escritório em Cuiabá, em dezembro de 2023.

O advogado foi o pivô da investigação sobre a venda de sentenças no Tribunal de Justiça de Mato Grosso e no Superior Tribunal de Justiça (STJ). Mensagens encontradas no celular dele levantaram as suspeitas da compra de decisões e deram início ao inquérito.

A PF deflagrou nesta quarta-feira (28), a sétima fase da Operação Sisamnes para prender cinco suspeitos de envolvimento com o C4. Os policiais federais também fizeram buscas em seis endereços em Mato Grosso, São Paulo e Minas Gerais. A operação foi autorizada pelo ministro Cristiano Zanin, do STF, que conduz as investigações sobre a venda de sentenças no STJ.

O ministro também determinou algumas medidas cautelares contra os investigados, como recolhimento domiciliar noturno, proibição de contato e saída do País e apreensão de passaportes.