Publicado em 16 de maio de 2025 às 08:50
A nomofobia, ou o medo de ficar sem o celular, está afetando cada vez mais crianças e adolescentes, com consequências significativas para a saúde e desenvolvimento mental. Este medo irracional, que inclui o medo de ficar sem o celular, de perder o acesso à internet, ou de perder notificações, pode levar a sintomas como ansiedade, insônia, irritabilidade e dificuldade de concentração. >
Nomofobia vem de “no-mobile-phone phobia” e significa medo de ficar sem celular. Isso fala de pessoas que não conseguem ficar offline e sentem a necessidade compulsória de checar notificações, redes sociais, entre outros. De fato, tem vício no uso do celular.
>
Há evidências de que os efeitos da dependência ao celular se assemelham aos de outros vícios, tanto no quesito comportamental, como também para as reações químicas do cérebro. E, assim como outros tipos de dependentes, os viciados em celular não conseguem mudar apesar das consequências negativas em sua mente, corpo e convivência social.>
Para crianças e adolescentes, as consequências da nomofobia podem ser ainda piores, já que o cérebro deles continua em desenvolvimento. Nos adultos, pode acontecer de ficarem ainda mais dependentes de outros tipos de vícios.>
Como o vício impacta nos relacionamentos>
Um estudo com monitoramento em jovens entre 25 e 35 anos mostra que, com o celular perto, eles se sentiam divididos, mas, sem o celular, se sentem mais conectados. Por isso, é importante pensar desde cedo em algumas regras familiares e etiquetas sociais.>
Aproximadamente um quarto das crianças e dos jovens apresentam uso problemático do celular com maiores chances de desenvolver depressão e ansiedade, além de problemas de sono. Utilizar o celular à noite é o pior cenário, pois o filtro de luz azul não é capaz de bloquear totalmente a estimulação de melanopsina, necessário para uma boa noite de sono. Há evidências também de que esta luz causa dores de cabeça e dores musculares.>
Sintomas da nomofobia>
O imediatismo e a falta de paciência é uma característica destes usuários;
Ansiedade;
Tristeza excessiva;
Isolamento.
>
O que fazer neste caso>
Desligue as notificações de seu celular e das crianças;
Juntos, deletem aplicativos viciantes ou inúteis;
Não deixe seus filhos levarem o celular para o quarto na hora de dormir (compre um alarme analógico, se for preciso);
Respeite e seja fiel aos compromissos das crianças, como exercício físico e encontros com amigos, para não ficarem grudadas no celular;
Imponha horários para ligá-lo e desligá-lo para praticar o jejum do celular. Há aplicativos nos próprios aparelhos para controlar o tempo de uso.>