Estado de saúde de jovem atropelada e arrastada em SP segue crítico após múltiplas cirurgias

Taynara Souza Santos, 31, permanece entubada e sem previsão de alta.

Publicado em 2 de dezembro de 2025 às 08:55

Estado de saúde de jovem atropelada e arrastada em SP segue crítico após múltiplas cirurgias
Estado de saúde de jovem atropelada e arrastada em SP segue crítico após múltiplas cirurgias Crédito: Reprodução

O quadro clínico de Taynara Souza Santos, 31 anos, permanece gravíssimo uma semana após ter sido atropelada e arrastada por aproximadamente um quilômetro em São Paulo. A informação dada pela CNN Brasil foi confirmada pelo advogado da família, Fábio Costa, que descreve o estado da paciente como “muito delicado”.

Taynara está entubada, passou por transfusão de sangue e teve as duas pernas amputadas em decorrência da violência do impacto e da extensão das lesões. Ferimentos severos ainda atingem diversas partes do corpo, e não há previsão de alta. Novos procedimentos cirúrgicos estão programados, entre eles enxerto de pele e colocação de pinos para estabilização da bacia. A família foi atualizada sobre o quadro clínico, e os filhos da vítima estão sendo preservados para evitar mais traumas.

Família relata novo detalhe sobre encontro com suspeito

Um ponto ainda não divulgado nos primeiros dias da investigação foi revelado pelo advogado: a mãe de Taynara conversou rapidamente com o suspeito, Douglas Alves da Silva, pouco antes da tentativa de feminicídio. Ela o chamou pelo nome, já que sabia que a filha o encontrava casualmente em bares da região. Apesar disso, o advogado reforça que não havia qualquer relação formal entre a vítima e o agressor, eles nunca foram namorados ou ex-companheiros.

A Polícia Civil ainda apura a natureza desse vínculo, mas o principal indício até agora aponta para uma combinação explosiva de ciúmes e consumo excessivo de álcool por parte de Douglas. Segundo a família, ele teria perdido o controle ao ver a jovem deixando o bar acompanhada de outro homem.

Passageiro afirma ter alertado motorista sobre a vítima sob o carro

No depoimento à polícia, o passageiro que estava no carro no momento do atropelamento disse ter pedido repetidas vezes para Douglas parar o veículo após perceber que Taynara estava presa sob o automóvel. Mesmo sendo alertado, o motorista continuou acelerando “sem demonstrar qualquer preocupação”, segundo relato registrado no boletim policial.

Além disso, já se sabe que Douglas responde por outro crime: ele foi réu em um processo por porte ilegal de arma de fogo.

Caso segue sob investigação

As autoridades continuam apurando todas as circunstâncias do crime, inclusive o trajeto percorrido após o atropelamento, o estado de embriaguez do motorista e a dinâmica da discussão que antecedeu o ataque. A polícia trabalha com a principal linha de investigação de tentativa de feminicídio.

A família aguarda novos boletins médicos e cobra rigor na responsabilização do agressor enquanto Taynara luta pela vida.