Estudante de Medicina tem bolsa suspensa após esbanjar viagens internacionais nas redes sociais

Além da suspensão da bolsa, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) que apura possíveis ilícitos civis ou criminais

Publicado em 24 de julho de 2025 às 07:54

Jovem perde bolsa integral em Faculdade de Medicina após ostentar viagens internacionais nas redes sociais - 
Jovem perde bolsa integral em Faculdade de Medicina após ostentar viagens internacionais nas redes sociais -  Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Em Anápolis, Goiás, uma estudante de Medicina da UniEvangélica teve a bolsa de estudos integral suspensa após esbanjar vídeos de viagens internacionais no TikTok. A decisão pela suspensão da bolsa foi do Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO).

A jovem era beneficiária do programa municipal GraduAção, que é voltado para estudantes de baixa renda. Para garantir o benefício, a estudante alegava viver com uma renda familiar de até três salários mínimos. No entanto, o juiz Gabriel Lisboa Silva e Dias Ferreira entendeu que o estilo de vida que jovm ostentava nas redes sociais era incompatível com a condição socioeconômica informada para obtenção da bolsa.

Entre os conteúdos publicados, estão registros em praias e ruas da Itália, além de vídeos em um festival de música no Rio de Janeiro ao lado do namorado. Para o magistrado, as "viagens internacionais e experiências" que ela revelou não condizem com o perfil exigido pelo programa de assistência estudantil.

A estudante, que atualmente está no penúltimo semestre da graduação, recebeu o benefício até o final do ano de 2024. Com a suspensão, não conseguiu realizar a rematrícula para o segundo semestre de 2025, acumulando uma dívida de R$ 47,3 mil referente às mensalidades. Ela chegou a obter uma liminar que autorizava a rematrícula mesmo sem o pagamento, mas a decisão foi revogada após auditoria da Prefeitura de Anápolis constatar irregularidades no processo.

Além da suspensão do benefício, o caso está sendo investigado pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) que apura possíveis ilícitos civis ou criminais. A decisão judicial ainda cabe recurso.

Com informações são do G1 e do UOL.