Facção cearense é acusada de decapitar rivais e usar cabeças como bola de futebol

Procurador-geral do Rio denuncia brutalidade de grupo criminoso com mais de mil homicídios em dois anos; vítimas eram esquartejadas com motosserra e tinham cabeças utilizadas em rituais macabros.

Publicado em 1 de junho de 2025 às 11:44

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Imagem  Crédito: Reprodução 

Durante uma coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, o procurador-geral de Justiça, Antonio José Campos Moreira, revelou detalhes estarrecedores sobre a atuação de uma facção criminosa originária do Ceará, associada ao Comando Vermelho. Segundo Moreira, o grupo é responsável por mais de mil homicídios nos últimos dois anos, muitos deles com requintes de extrema crueldade.

Entre os relatos mais chocantes, destaca-se o uso de motosserras para esquartejar rivais, cujas cabeças eram posteriormente utilizadas em uma espécie de “jogo de futebol” pelos criminosos. Esses atos bárbaros eram frequentemente filmados e compartilhados como forma de intimidação e demonstração de poder.

A facção em questão, conhecida como Guardiões do Estado (GDE), surgiu em 2014 e rapidamente ganhou notoriedade pela violência extrema de suas ações. O grupo se expandiu por diversas regiões do Ceará e estabeleceu alianças com facções nacionais, como o Comando Vermelho, intensificando a disputa por territórios e o controle do tráfico de drogas. 

A guerra entre facções no Ceará tem resultado em uma série de chacinas e crimes brutais. Em março de 2018, por exemplo, três mulheres foram sequestradas, torturadas e decapitadas em um manguezal de Fortaleza, no caso que ficou conhecido como “Mangue 937”. As execuções foram filmadas e divulgadas nas redes sociais, causando grande comoção pública.

As autoridades continuam investigando a atuação dessas facções e buscando estratégias para conter a onda de violência que assola o estado. A população, por sua vez, vive sob constante medo, diante da brutalidade dos crimes e da aparente impunidade dos responsáveis.