Publicado em 18 de junho de 2025 às 09:37
O escândalo conhecido como “farra do INSS”, que investiga descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas, chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) após envolver uma autoridade com foro privilegiado. A informação foi revelada pelo portal Metrópoles e confirmada por fontes ligadas à Corte.
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O inquérito está sob relatoria do ministro Dias Toffoli, que mencionou o caso em um despacho recente relacionado a outra ação. No documento, Toffoli afirmou que há um procedimento sigiloso em seu gabinete que trata especificamente das investigações sobre os descontos irregulares.>
“Já há procedimento sigiloso específico instaurado em meu gabinete visando a essa providência”, destacou o ministro ao responder um pedido para que a Polícia Federal informe os números de todos os inquéritos em andamento sobre o tema.>
Para que um inquérito tramite no STF, é necessário que haja o envolvimento de pessoas com foro por prerrogativa de função — o chamado foro privilegiado. A existência de um político entre os investigados foi revelada pelo G1 e confirmada por interlocutores do Supremo.>
As investigações sobre o esquema são coordenadas pela Polícia Federal em Brasília, mas contam com inquéritos espalhados por diversas regiões do país. O chamado inquérito-mãe tramita na 15ª Vara Federal em Brasília e foi responsável por decisões como o afastamento de diretores e até do presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).>
A Polícia Federal já realizou quatro fases da Operação Sem Desconto, com cinco prisões efetuadas e centenas de mandados de busca e apreensão cumpridos. Além da PF, também participam das investigações a Controladoria-Geral da União (CGU) e a Advocacia-Geral da União (AGU), que tenta recuperar na Justiça os valores desviados dos beneficiários.>
O caso segue sob sigilo no STF.>