Publicado em 13 de maio de 2025 às 12:08
Uma mulher acusada de homicídio em 2012 foi inocentada após esperar 12 anos por julgamento. O caso aconteceu em Valença, na Bahia.>
Rosália Maria Negrão Pita foi absolvida no tribunal do júri no dia 24 de setembro de 2024. A defesa foi feita pela própria filha da acusada, Camila Pita, que se formou advogada durante o período em que a mãe aguardava julgamento em liberdade.
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A acusação surgiu após a morte do namorado de Rosália, José Antônio Silva Braga, no dia 13 de março de 2012. Camila, que tinha 14 anos na época, conta que foi surpreendida com a chegada de policiais durante a madrugada.
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De acordo com o inquérito policial, Rosália foi inicialmente ouvida como testemunha da morte de José Antônio, mas, no mesmo dia, passou à condição de suspeita. O laudo pericial revelou resultado negativo para resíduos de chumbo nas mãos tanto da vítima quanto de Rosália. Apesar disso, foi detectada presença de sangue no vestido da acusada, o que ela explicou ter sido por tentar socorrer o namorado.>
A defesa argumentou que não havia provas materiais nem testemunhas do crime. Um parecer técnico do médico legista Luis Carlos Cavalcante Galvão, contratado pela defesa, reforçou que a presença de sangue era compatível com a narrativa de socorro prestado à vítima. Ainda assim, o juiz Reinaldo Peixoto Marinho aceitou os indícios para levar o caso a júri popular.>
A filha, Camila Pita, dedicou anos de estudo e atuação jurídica até chegar ao tribunal do júri, onde assumiu a linha de frente da defesa: “Nos dias que antecederam o julgamento, meu foco e determinação eram tão grandes […] que eu mal conseguia me alimentar e dormir”, contou.>
Rosália, ao falar pela primeira vez à imprensa, afirmou: “Ter minha filha ali comigo foi motivo de muito orgulho”.>
Com informações do UOL>