Fim da obrigatoriedade da autoescola divide opiniões nas redes: 'quantos vão perder o emprego?'
Proposta que acaba com obrigatoriedade da autoescola recebe elogios por democratizar acesso, mas também levanta críticas sobre desemprego e qualidade na formação de condutores.
Publicado em 29 de julho de 2025 às 14:57
A proposta do Ministério dos Transportes de acabar com a obrigatoriedade das autoescolas para a emissão da CNH (Carteira Nacional de Habilitação) causou repercussão imediata nas redes sociais. A medida, que ainda aguarda aprovação do Palácio do Planalto, pretende manter as provas teórica e prática realizadas nos Detrans, mas permitir que os candidatos se preparem por conta própria, sem a exigência de aulas em Centros de Formação de Condutores (CFCs).
Nos comentários das redes sociais, internautas se dividiram. De um lado, muitos celebraram a possibilidade de baratear o processo de habilitação, que atualmente pode ultrapassar R$ 2 mil em algumas regiões. Do outro, houve preocupação com a possível perda de empregos e com o impacto na qualidade da formação de novos condutores.
“Lembrar que antes da implementação do CTB de 1998 não era necessário [passar pelas autoescolas]. A aderência desse projeto seria de bom fruto, pois democratiza o acesso aos que não têm condições de pagar uma autoescola”, comentou o usuário @emidiolop. Ele ainda criticou o alto custo da reavaliação em casos de reprovação: “É um tremendo absurdo ter que pagar tudo de novo”.
Já outros usuários demonstraram apreensão com os impactos sociais. “Me pergunto quantas pessoas vão perder os empregos ?”, escreveu @lohan_g_silva. A crítica aponta para o setor de profissionais que trabalham em CFCs, desde instrutores até administrativos, que podem ser afetados diretamente pela mudança.
Alguns internautas ironizaram a proposta. “AGORA É EAD? KKKK”, escreveu @willianjunio062, em referência à possibilidade de aprendizado fora do ambiente presencial das autoescolas. Já @gabriel_r_figueredo foi direto: “Alguém além do dono defende a existência de autoescola? Kk”.
Apesar das opiniões divergentes, há um consenso: o debate sobre o modelo atual de formação de condutores precisa ser revisto. Caso a proposta avance, o governo deverá reforçar os critérios das provas teórica e prática dos Detrans, como já sugerido pelo Ministério dos Transportes. O objetivo seria manter a segurança viária, mesmo sem a formação tradicional.
Por enquanto, a medida aguarda apenas o sinal verde do Palácio do Planalto para ser anunciada oficialmente.
Com informações de CNN
