Foragido acusado de estuprar enteada por quase uma década é preso em Maceió

Homem de 66 anos era procurado pela Justiça do Rio Grande do Norte desde 2022 e foi localizado pela Polícia Civil de Alagoas em operação conjunta nesta sexta-feira (17).

Publicado em 17 de outubro de 2025 às 10:25

Foragido acusado de estuprar enteada por quase uma década é preso em Maceió
Foragido acusado de estuprar enteada por quase uma década é preso em Maceió Crédito: Reprodução/PCAL

Um homem de 66 anos, acusado de estupro de vulnerável contra a própria enteada, foi preso na manhã desta sexta-feira (17), em Maceió (AL). O suspeito estava foragido da Justiça do Rio Grande do Norte desde 2022, quando o caso foi denunciado.

A captura foi resultado de uma operação coordenada pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), em parceria com o Núcleo de Planejamento Operacional da Polícia Civil de Alagoas (PCAL). O mandado de prisão preventiva havia sido expedido pela Vara da Infância e Juventude de Parnamirim, vinculada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte (TJRN).

O foragido foi localizado no bairro Village Campestre, na parte alta da capital alagoana. A ação foi conduzida pelos delegados Bruno Tavares e Juliane Santos, que acompanharam todo o cumprimento da ordem judicial.

Anos de abuso e denúncia tardia

De acordo com as investigações, a vítima, hoje com 18 anos, foi abusada sexualmente desde os oito anos. O crime, segundo o inquérito, ocorreu na cidade de Macaíba, na Região Metropolitana de Natal (RN), onde o suspeito morava com a família.

Os abusos revisitaram somente em 2022, quando a jovem tinha 15 anos e decidiu denunciar o padrasto à Polícia Civil do Rio Grande do Norte (PCRN). Desde então, o acusado fugiu e passou a viver escondido em Alagoas.

Encaminhamento à Justiça potiguar

Após a prisão, o homem foi conduzido à sede da PCAL, onde permanece sob custódia até ser transferido para o sistema prisional do Rio Grande do Norte. Ele deverá responder criminalmente por estupro de vulnerável, crime previsto no artigo 217-A do Código Penal Brasileiro, cuja pena pode chegar a 15 anos de reclusão, podendo ser ampliada conforme o tempo de duração dos abusos.

Investigação segue em curso

A Polícia Civil de Alagoas informou que segue prestando apoio à Justiça potiguar na coleta de novas provas e oitiva de testemunhas. O caso continua sob acompanhamento da Delegacia Especializada da Criança e do Adolescente Vítima (Deav/RN).

A prisão encerra uma busca de quase três anos por um dos casos mais graves de violência sexual investigados na região nos últimos anos, um episódio que reforça a importância das denúncias e da atuação integrada entre as forças policiais de diferentes estados.