Frentista pede demissão após ser obrigada a usar calça legging e cropped no trabalho

A informação foi confirmada pelo advogado Sérgio da Silva Pessoa, do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco.

Publicado em 16 de novembro de 2025 às 14:46

A informação foi confirmada pelo advogado Sérgio da Silva Pessoa, do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco.
A informação foi confirmada pelo advogado Sérgio da Silva Pessoa, do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco. Crédito: Reprodução 

Uma frentista de Pernambuco pediu demissão após relatar ter sofrido um mês de pressão e assédio moral para usar um novo uniforme exigido pelo posto onde trabalhava: legging e cropped. A informação foi confirmada pelo advogado Sérgio da Silva Pessoa, do Sindicato dos Empregados em Postos de Combustíveis de Pernambuco.

Segundo o advogado, a trabalhadora procurou o sindicato “em estado de desespero”. Inicialmente, buscou orientação por problemas no recolhimento do FGTS, mas acabou revelando também a pressão constante para aderir ao novo padrão de vestimenta imposto pela empresa.

Ela mostrou ao sindicato o uniforme antigo e o novo, e disse que se recusava a usar a legging porque se sentia “exposta e vulgarizada”. De acordo com Pessoa, a funcionária não suportou a insistência da empresa para que adotasse a roupa e manifestou desejo de sair do trabalho.

Com apoio jurídico, ela entrou com pedido de rescisão indireta, mecanismo em que o trabalhador pede desligamento devido a faltas graves do empregador, mas mantém todos os direitos trabalhistas, como férias, 13º, FGTS e multa de 40%.

O processo ainda está em andamento, mas a frentista está afastada desde outubro. “Ela relatou que sua saúde mental melhorou muito depois que saiu do posto, porque vivia ansiosa”, afirmou o advogado.