Gari é presa suspeita de matar namorado com veneno na vitamina de banana

Iris Maria Soares da Silva teria oferecido a bebida com 'chumbinho'

Publicado em 24 de outubro de 2025 às 18:33

Iris Maria Soares da Silva teria oferecido a bebida com 'chumbinho'
Iris Maria Soares da Silva teria oferecido a bebida com 'chumbinho' Crédito: Reprodução

Uma funcionária da Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) foi presa nesta sexta-feira (24), suspeita de matar o namorado ao misturar "chumbinho" em uma vitamina de banana. Iris Maria Soares da Silva estava no local de trabalho, em Irajá, na Zona Norte do Rio, quando foi detida por agentes da Polícia Civil. O crime contra Rogério Maurício Moreira da Gama, ocorreu no dia 15 de fevereiro deste ano.

As investigações, conduzidas pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), apontam que Iris teria feito pesquisas na internet sobre o uso do veneno na véspera do crime. Além disso, o relacionamento do casal, que trabalhavam na mesma empresa, tinha um histórico conturbado.

Confirmação do veneno

Segundo o laudo de necropsia anexado ao processo, a causa da morte foi intoxicação por terbufós-sulfóxido, substância tóxica derivada de um inseticida e nematicida com comercialização proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

O Ministério Público sustentou haver provas da materialidade do crime e indícios suficientes de autoria, apontando que a acusada teria oferecido a bebida envenenada à vítima. Iris teria preparado a vitamina de banana para a vítima tomar no café da manhã. Teria insistido várias vezes para o homem consumir, orientado que agitasse e garantiu que a bebida fosse entregue à vítima, por uma pessoa responsável por organizar as refeições dos funcionários no local de trabalho.

Em entrevista ao RJTV 1ª edição, o delegado Marcus Drucker, responsável pela investigação, afirmou que testemunhas contaram que Iris deixou a vitamina em um período em que o casal estava brigado.

Uma hora depois de Rogério ter ingerido a bebida, ele passou mal e levado até a Unidade de Pronto Atendimento (Upa) de Irajá. No dia seguinte, ele morreu e surgiu a suspeita do envenenamento ainda na unidade de saúde, o que foi confirmado pelo laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Segundo a decisão judicial, Iris foi denunciada pelo crime de homicídio qualificado, cometido por motivo fútil, meio cruel e recuso que dificultou a defesa da vítima. O magistrado responsável pelo caso ainda afirmou que a acusada teria agido de forma premeditada e covarde.

A Justiça do Rio de Janeiro aceitou a denúncia do Ministério Público e decretou a prisão preventiva de Iris, na justificativa de que a ação se faz necessária porque a denunciada pode atrapalhar as investigações, uma vez que testemunhas importantes são colegas de trabalho ou parentes da vítima. Por isso, deixá-la em liberdade poderia impactar na segurança e no andamento do processo.

Em nota, a Comlurb informou que caso seja comprovado o envolvimento da funcionária no crime, tomará as medidas cabíveis.

Com informações do Extra