Indonésios invadem redes de Lula e rebatem críticas sobre tragédia no vulcão Rinjani
Indonésios rebatem acusações e defendem equipe de resgate em meio à onda de críticas vindas do Brasil
Publicado em 27 de junho de 2025 às 14:02
A morte da brasileira Juliana Marins no vulcão Rinjani, na Indonésia, desencadeou uma série de discussões acaloradas nas redes sociais entre brasileiros e indonésios. Diante da enxurrada de críticas ao governo indonésio, cidadãos do país asiático reagiram, rebatendo as acusações e saindo em defesa das equipes de resgate.
Nos últimos dias, os perfis oficiais do presidente Prabowo Subianto, da Indonésia, foram invadidos por comentários de brasileiros, que responsabilizaram o governo pela suposta demora no resgate de Juliana, que caiu durante uma trilha na ilha de Lombok e permaneceu por quatro dias à espera de socorro às margens do vulcão.
Em resposta, internautas indonésios migraram para as publicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e deixaram recados diretos aos brasileiros. “Povo brasileiro, por que estão culpando o presidente indonésio? Acham que meu presidente deveria escalar o Monte Rinjani para salvar Juliana? Tenho certeza que muitos dos que comentaram nunca subiram uma montanha e não entendem nada sobre vulcões”, escreveu uma usuária em uma das postagens do líder brasileiro no Instagram.
Outros comentários destacaram o empenho das equipes locais de resgate, que, segundo os indonésios, se arriscaram para tentar salvar a turista brasileira. “Se quiserem expressar decepção e raiva, tudo bem, mas não blasfemem nossa equipe de resgate. Eles fizeram o máximo, até colocando a própria vida em risco”, disse outro internauta.
Alguns dos comentários também apontaram críticas à educação brasileira. “Ao ver os comentários dos brasileiros sobre a Indonésia, parece que educação e ciência estão em falta no Brasil”, ironizou um usuário.
A tragédia envolvendo Juliana Marins mobilizou as redes sociais e gerou comoção, mas também expôs as diferenças culturais e as tensões diplomáticas entre cidadãos dos dois países. O caso segue sendo investigado, e as autoridades brasileiras acompanham os desdobramentos junto ao governo da Indonésia.
