Publicado em 30 de julho de 2025 às 11:05
Julia Micaelly Ribeiro, de Pedreiras (MA), vive uma condição rara: entrou na puberdade aos 4 anos e passou por uma menopausa precoce aos 16, após a retirada dos ovários devido a um cisto hemorrágico. Hoje, aos 20 anos, ela enfrenta os efeitos do desequilíbrio hormonal, mas mantém o sonho de ser mãe por fertilização in vitro (FIV).>
Os primeiros sinais da puberdade precoce apareceram ainda na infância, quando Julia começou a desenvolver pelos e seios, além de apresentar suor com odor forte. Aos 7 anos, exames apontaram que ela já estava próxima de menstruar e tinha idade óssea de 12 anos. Com isso, iniciou tratamento hormonal pelo SUS, com injeções dolorosas aplicadas pelo pai, que é enfermeiro.>
Aos 11 anos, ela menstruou normalmente e seguia com acompanhamento médico, até que, aos 16, sofreu uma hemorragia interna causada por um cisto que rompeu um dos ovários. Durante a cirurgia, os médicos constataram que ambos estavam comprometidos e precisaram ser removidos, o que resultou em menopausa cirúrgica.>
A jovem enfrentou intensos sintomas físicos e emocionais, como ondas de calor, ansiedade e depressão. O tratamento hormonal trouxe efeitos colaterais e exigiu anos de adaptação. Mais tarde, ela também foi diagnosticada com um tumor na hipófise, que será reavaliado em outubro deste ano.>
Mesmo com tantos obstáculos, Julia não desistiu do sonho de ser mãe. Sua mãe, aos 38 anos, congelou óvulos para que a filha possa realizar uma FIV no futuro. “Eu ainda tenho útero, então posso gestar. Tenho esperança”, afirma.>
Com informações do O Tempo>