Juiz teria vendido sentença por até R$ 200 mil para facção Família do Terror

Líder da Família Terror do Amapá (FTA), facção aliada do PCC, foi preso em apartamento na zona oeste da capital paulista no último dia 3.

Publicado em 6 de dezembro de 2024 às 18:55

A investigação trouxe à tona indícios de um esquema que envolve também advogados.
A investigação trouxe à tona indícios de um esquema que envolve também advogados. Crédito: Reprodução

O juiz João Teixeira de Matos Júnior, responsável pela Vara de Execuções Penais de Macapá, está sendo investigado pela Polícia Federal sob a suspeita de exigir pagamentos que variam de R$ 100 mil a R$ 200 mil para atender a solicitações em favor de detentos do sistema prisional e membros da facção Família do Terror do Amapá. A facção foi alvo de uma operação realizada nesta sexta-feira, 6.

Algumas das decisões favoráveis nem sequer contavam com a manifestação do Ministério Público do Amapá. As negociações, segundo as investigações, teriam ocorrido por meio de advogados e servidores do Instituto de Administração Penitenciária do Amapá (Iapen).

O magistrado está afastado de suas funções desde abril deste ano, devido a suspeitas de irregularidades em 44 processos envolvendo membros de facções criminosas. A coluna não conseguiu localizar a defesa do juiz, mas o espaço segue aberto para manifestação.

Os policiais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão, além de cinco mandados de prisão preventiva, nas cidades de Macapá, Belém, Rio de Janeiro, Curitiba e Florianópolis.

Fonte: Metrópoles