Publicado em 22 de julho de 2025 às 15:22
O rapper Oruam teve a prisão decretada pela Justiça do Rio de Janeiro nesta terça-feira (22), após se envolver em um episódio de confronto com agentes da Polícia Civil durante uma tentativa de apreensão de um adolescente foragido. O caso ocorreu na Zona Oeste da capital, onde o artista mora, e resultou em um inquérito que aponta a participação dele seis crimes distintos.
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Segundo as investigações, policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) receberam a informação de que um adolescente de 17 anos, procurado por diversos crimes, estaria escondido na residência do cantor. O jovem é apontado com fura ligada ao tráfico e segurança pessoal de Edgar Alves de Andrade, o "Doca", um dos chefes de uma facção criminosa que atua no Complexo da Penha.
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Durante a operação, que aconteceu no fim da noite, os agentes decidiram esperar o momento adequado para agir. Quando o adolescente deixou o imóvel e foi abordado, a situação rapidamente saiu do controle. Do alto da casa, Oruam teria lançado pedras contras os policiais, atingindo uma viatura e ferindo um dos agentes. Ele também usou as redes sociais para pedir apoio de aliados, pedindo ajuda em tempo real enquanto a operação acontecia.
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A confusão permitiu que o adolescente escapasse. Com base nos acontecimentos, a Polícia Civil indiciou o artista por tráfico de drogas, associação para o tráfico, resistência qualificada, lesão corporal, desacato e dano ao patrimônio público.>
O chefe da Polícia Civil, Felipe Curi, declarou que as ações do cantor revelam um envolvimento mais profundo com o crime organizado. "Ele está vinculado a uma facção criminosa comandada por Marcinho VP, seu pai, mesmo preso em um presídio federal", afirmou o delegado.
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Essa não é a primeira vez que o nome de Oruam aparece em operações policiais. Em fevereiro deste ano, ele foi preso em flagrante por abrigar um foragido da Justiça. Na ocasião, foi encontrado com o suspeito uma arma de uso restrito, mas o artista foi liberado após algumas horas.>
A defesa de Oruam informou que ainda não teve acesso ao conteúdo completo do inquérito e, por isso, não irá se manifestar por enquanto.>