Levou chifre e não consegue mais trabalhar? INSS pode aposentar por depressão

Especialistas explicam quando uma decepção amorosa pode levar à aposentadoria por incapacidade permanente.

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Talytha Reis

Repórter / [email protected]

Publicado em 28 de julho de 2025 às 11:34

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Reprodução Crédito: Redes sociais 

Uma traição amorosa pode ter consequências mais graves do que um simples coração partido. Em casos extremos, a dor emocional pode desencadear quadros severos de depressão e, se comprovada a incapacidade para o trabalho, o cidadão pode ter direito a benefícios do INSS, como o auxílio-doença ou até a aposentadoria por incapacidade permanente.

O alerta tem repercutido nas redes sociais após advogados e influenciadores jurídicos explicarem que a origem da doença não é o principal fator avaliado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O que importa, na prática, é a gravidade da condição psiquiátrica e se ela impede a pessoa de exercer qualquer atividade profissional.

Mas atenção: não é qualquer tristeza ou término que garante o benefício. Para solicitar, é necessário apresentar:

Laudos médicos atualizados, emitidos por psiquiatras;

Diagnóstico com CID compatível, como F32.3 (episódio depressivo grave com sintomas psicóticos);

Prova de que a pessoa está incapacitada para qualquer profissão;

E que o segurado estivesse contribuindo com o INSS no momento em que a incapacidade teve início.

De acordo com especialistas, o benefício não é concedido pela traição em si, mas pela consequência psiquiátrica grave e incapacitante que ela pode desencadear.

“Existe um estigma quando falamos em depressão causada por decepções amorosas. Mas, na prática, se a doença é real, diagnosticada e com impacto funcional, o INSS precisa avaliar com seriedade”, explica um advogado previdenciário.

O que diz a lei?

A aposentadoria por incapacidade permanente está prevista na legislação brasileira e substitui a antiga “aposentadoria por invalidez”. O benefício é concedido quando não há possibilidade de reabilitação profissional.

Nos casos de doenças mentais, como transtornos depressivos graves, o processo pode incluir perícia médica, análise de histórico clínico e até investigação sobre tentativas de retorno ao mercado de trabalho.

Ficou curioso?

Se você ou alguém que conhece enfrenta uma situação semelhante, é importante procurar ajuda médica e orientação jurídica especializada