Mais de 730 pinguins são encontrados mortos em praias do litoral de SP

De acordo com especialistas, o caso é considerado um “encalhe em massa”, já que muitos animais chegaram às praias em avançado estado de decomposição.

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 15:13

Os registros foram feitos entre os dias 15 e 21 de agosto, em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida.
Os registros foram feitos entre os dias 15 e 21 de agosto, em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida. Crédito:  IPec/Divulgação

O número de pinguins-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) encontrados mortos no litoral sul de São Paulo subiu para 739, segundo o Instituto de Pesquisas Cananéia (Ipec). Os registros foram feitos entre os dias 15 e 21 de agosto, em Cananéia, Iguape e Ilha Comprida.

De acordo com especialistas, o caso é considerado um “encalhe em massa”, já que muitos animais chegaram às praias em avançado estado de decomposição. O monitoramento é feito pelo Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), que deve divulgar um novo balanço nesta sexta-feira (22).

Segundo os biólogos, a maioria dos pinguins encontrados parece ser jovem. Por estarem em sua primeira migração, muitos acabam se desorientando, ficando sem alimento ou chegando perto demais da costa.

Outros fatores que podem ter contribuído para as mortes incluem:

• falta de alimento,

• interferência humana, como ingestão de lixo ou contato com óleo,

• interação com redes de pesca, já que pescadores descartam animais sem valor econômico,

• além do próprio período migratório, quando a espécie deixa a Patagônia argentina e segue rumo ao litoral brasileiro.

Apesar do impacto visual do grande número de animais mortos, os especialistas ressaltam que, na natureza, parte desses pinguins não sobrevive às migrações, o que também faz parte da seleção natural.

Com informações do G1