Publicado em 20 de dezembro de 2025 às 11:24
O pastor Silas Malafaia saiu em defesa do deputado federal Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), alvo de uma operação da Polícia Federal que apura suspeitas de desvios na cota parlamentar. Em vídeos publicados nas redes sociais nesta sexta-feira, 19, Malafaia afirmou que a investigação teria motivação política e classificou a ação como perseguição à atuação do parlamentar no Congresso.>
"Tudo armação para denegrir. Perseguição implacável à direita. Querem calar todos que se levantam contra Lula, Alexandre de Moraes ou o Supremo Tribunal Federal", disse o pastor em um vídeo divulgado em seu perfil no X.>
Afilhado político de Malafaia, Sóstenes foi elogiado pelo pastor, que avaliou como correta a postura do deputado diante da investigação. "É assim que se faz, Sóstenes. Quem não deve, não teme. Vem a público e bota para quebrar. Quem se cala é essa esquerda corrupta que foge", afirmou.>
No mesmo pronunciamento, Malafaia cobrou apurações contra aliados do governo federal e citou casos envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), familiares do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e a esposa do ministro Alexandre de Moraes por seu contrato milionário com o Banco Master. Segundo ele, haveria tratamento desigual por parte das autoridades. "Com os outros arrebentam. Com outros, protegem", disse, ao criticar decisões do Supremo.>
Ainda nas redes sociais, o pastor elevou o tom e provocou o ministro Alexandre de Moraes. "Quer me prender? A perseguição que você faz para me calar, para me intimidar, eu não tenho medo disso. Pode mandar me prender. Eu temo a Deus", declarou.>
A Polícia Federal afirma que agentes públicos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar e ocultar recursos públicos da cota parlamentar. Segundo a investigação, o esquema envolvia pagamentos a uma locadora de veículos que, para os investigadores, funcionaria como empresa de fachada para a devolução de dinheiro ao gabinete>
Durante a operação, a PF apreendeu R$ 430 mil em espécie em um endereço ligado ao deputado Sóstenes Cavalcante, em Brasília. O parlamentar afirmou que o valor é lícito e teria origem na venda de um imóvel.>
Sóstenes também negou irregularidades na contratação da empresa de locação de veículos que presta serviços ao seu gabinete, um dos principais focos da apuração.>
As investigações apontam ainda que um assessor ligado ao deputado movimentou R$ 11 milhões em débitos e R$ 11 milhões em créditos, valores considerados incompatíveis com sua renda. De acordo com a PF, ele seria um dos responsáveis por operacionalizar os desvios da cota parlamentar.>