'Marcelo Pica-Pau' criminoso mais procurado do Nordeste, morre após cerco de 20 horas na Grande Natal

Confronto armado mobilizou forças policiais e terminou com a morte do assaltante Marcelo Johnny, ligado a assaltos a bancos, homicídios e uso de explosivos.

Publicado em 28 de julho de 2025 às 14:40

'Marcelo Pica-Pau' criminoso mais procurado do Nordeste, morre após cerco de 20 horas na Grande Natal
'Marcelo Pica-Pau' criminoso mais procurado do Nordeste, morre após cerco de 20 horas na Grande Natal Crédito: Reprodução/Redes Sociais

Um dos nomes mais temidos do crime organizado no Nordeste, Marcelo Johnny Viana Bastos, conhecido como “Marcelo Pica-Pau”, de 32 anos, foi morto na manhã do último domingo (27), após resistir por quase 24 horas a uma operação das forças de segurança em Extremoz, na região metropolitana de Natal, no Rio Grande do Norte.

A caçada ao criminoso começou na manhã de sábado (26), quando equipes da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor) cumpriam mandados de prisão contra foragidos envolvidos em roubos a bancos. A polícia identificou o esconderijo do grupo no conjunto Portal do Sol, onde Marcelo e outros comparsas estavam abrigados.

Ao chegarem ao local, os agentes foram recebidos com rajadas de tiros de fuzil e explosivos. No tiroteio inicial, um dos criminosos morreu e uma mulher, companheira de um dos foragidos, foi baleada, socorrida, mas não resistiu. Ao todo, seis policiais ficaram feridos, quatro civis e dois militares, mas todos foram socorridos sem risco de morte.

O cerco à residência durou toda a madrugada, com intensas trocas de tiros ouvidas por moradores, que precisaram deixar suas casas por segurança. A tentativa de negociação para a rendição foi conduzida pelo BOPE, mas, segundo a Polícia Civil, o criminoso recusou-se a se entregar e continuou atirando contra os agentes. Na manhã de domingo, ele foi finalmente neutralizado.

Marcelo Pica-Pau era considerado um dos criminosos mais perigosos do Nordeste, com uma longa ficha criminal que incluía homicídio qualificado, associação criminosa, furto, uso de explosivos e assaltos a banco. Segundo a Polícia Civil, ele tinha condenações e mandados de prisão preventiva em aberto, além de ser suspeito de envolvimento em diversos assassinatos na região de Touros e outras cidades da Grande Natal.

As investigações apontam ainda que o grupo atuava com veículos roubados e tinha ramificações em Pernambuco, especialmente no município de Cabo de Santo Agostinho, onde diligências foram realizadas no fim de 2023.

A operação contou com o apoio do BOPE, Batalhão de Choque, Polícia Rodoviária Federal e um helicóptero da Secretaria de Segurança Pública do RN, que atuaram em uma das maiores ações de enfrentamento ao crime organizado na região nos últimos anos.

O caso reacende o alerta sobre a estrutura do crime organizado no Nordeste e a necessidade de reforço contínuo das ações de inteligência e combate ao tráfico, assaltos e homicídios em larga escala.