Publicado em 29 de setembro de 2025 às 15:10
Pais e mães já devem preparar o bolso: em 2026, as escolas particulares vão reajustar as mensalidades em média 9,8%, mais que o dobro da inflação projetada pelo Banco Central para este ano (4,83%).>
O levantamento é do Grupo Rabbit, consultoria especializada no setor, que ouviu 308 escolas em todas as regiões do país.>
Por que o aumento é tão alto?>
Segundo Christian Coelho, CEO da Rabbit, o cálculo leva em conta:>
• inflação acumulada em 12 meses,>
• investimentos realizados no ano anterior,>
• reajuste salarial de professores e funcionários.>
“Os principais custos vêm da manutenção e de novas atividades, como programas bilíngues”, explica Coelho.>
Exemplos de reajuste>
• Rio de Janeiro:>
• Saint John (Barra da Tijuca): aumento entre 8,5% e 12,5%.>
• Inovar Veiga de Almeida: reajuste de 7% a 11%.>
• São Paulo:>
• Colégio Bandeirantes: 11,5% de alta, justificando gastos com tecnologia e infraestrutura.>
• Rede Objetivo: entre 7,5% e 9,2%, por causa de dissídio, insumos e aluguéis.>
• Franco e CEL: índices próximos de 10%.>
Dívidas e inadimplência pesam>
O estudo também mostra que 70% das escolas estão mais endividadas do que antes da pandemia. Na rede Progressão, por exemplo, a inadimplência chega a 20%.>
“Nossa mensalidade caiu mais de 40% na pandemia e ainda não conseguimos recuperar”, diz Renato Biancardi, diretor da instituição.>
O que vem pela frente>
Mesmo com as dificuldades, 70,5% das escolas pretendem investir em programas bilíngues e projetos socioemocionais, enquanto 52% apostam em melhorias de infraestrutura e equipamentos.>
Dá para negociar?>
Sim. O economista André Braz, da FGV, lembra que em casos específicos há espaço para negociação:>
• quando o aluno tem ótimo desempenho,>
• quando há mais de um filho matriculado na escola.>
Com informações do BNews>