Militar é encontrada carbonizada em quartel do Exército no DF

Cabo Maria de Lourdes, saxofonista do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, foi morta dentro da unidade.

Publicado em 6 de dezembro de 2025 às 17:45

Militar é encontrada carbonizada em quartel do Exército no DF
Militar é encontrada carbonizada em quartel do Exército no DF Crédito: Reprodução/Redes Sociais

A Polícia do Exército apura as circunstâncias da morte da cabo Maria de Lourdes Freire Matos, encontrada carbonizada no 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, no Distrito Federal, após um incêndio registrado na tarde de sexta-feira (05). A militar, integrante da banda da unidade, foi localizada já sem vida em meio aos destroços do espaço atingido pelas chamas.

A tragédia ganhou contornos ainda mais graves quando o soldado Kelvin Barros da Silva, companheiro de farda e com quem Maria de Lourdes mantinha um relacionamento, admitiu ter sido o autor do crime. Em depoimento, Silva afirmou que o casal discutiu no setor onde funciona a banda do quartel. Segundo o relato, a cabo teria sacado a própria arma durante o desentendimento, momento em que ele a atacou com uma faca, golpeando-a no pescoço. Depois, ainda conforme a confissão, o soldado incendiou o ambiente na tentativa de ocultar o crime.

O Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, acionado para combater o incêndio, relatou encontrar “grande quantidade de material combustível” no local. Apesar disso, o fogo foi contido rapidamente pela equipe, que não informou a existência de outras vítimas.

Logo após assumir a autoria dos fatos, o soldado foi detido e encaminhado ao Batalhão de Polícia do Exército de Brasília. A corporação informou que ele deverá ser excluído das fileiras militares e responderá por feminicídio, incêndio, furto de arma e fraude processual, crimes que, somados, podem resultar em pena superior a 40 anos de prisão.

As investigações seguem em andamento para esclarecer todos os detalhes do caso e reconstruir a sequência dos atos que culminaram na morte da militar. 

Em nota, o 1º Regimento de Cavalaria de Guardas afirmou que Maria de Lourdes deixava um legado de “compromisso exemplar” no serviço à fanfarra e expressou condolências aos familiares, amigos e colegas de farda.