Publicado em 25 de setembro de 2025 às 23:01
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes barrou a inclusão do bispo Robson Rodovalho, da Igreja Sara Nossa Terra, no grupo religioso autorizado a visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, que está em prisão domiciliar há mais de um mês. Bolsonaro permanece detido enquanto aguarda os próximos desdobramentos da condenação imposta pelo STF, que o sentenciou a 27 anos e 3 meses de prisão>
Robson Rodovalho integra o grupo de orações de Michelle Bolsonaro. O pedido de inclusão foi enviado na última sexta-feira, 19, informando que a reunião de oração aconteceria na quarta-feira, 24.>
A solicitação da defesa baseou-se na Lei nº 7.210/1984, que garante assistência religiosa a pessoas privadas de liberdade em instituições civis e militares.>
Na decisão, Moraes destacou que o grupo não pode desviar de sua finalidade principal, criticando a tentativa de incluir pessoas com o objetivo de realizar visitas que não foram formalmente solicitadas ou desvio da pauta prevista na proposta de visita.>
"O ‘Grupo de Orações’, entretanto, não pode ser usado como desvio de finalidade, acrescentando diversas e distintas pessoas como integrantes somente para a realização de visitas não especificamente requeridas’", pontou Moares.>
A resposta foi divulgada no dia 23, e o nome de Robson Rodovalho foi oficialmente vetado. Além de líder religioso e fundador da Igreja Sara Nossa Terra, Robson tem trajetória na política, ele foi deputado federal pelo Distrito Federal entre 2006 e 2010. No entanto, em 2010, teve o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por infidelidade partidária, ao trocar o DEM pelo PP.>
Esta é a segunda visita de religiosos autorizada por Moraes. A primeira foi liberada no dia 15 de setembro, quando o ministro autorizou a realização de um culto.>
Durante a última manifestação da direita, realizada no dia 7 de setembro, Michelle Bolsonaro criticou a decisão de Moraes por não permitir que o grupo realizasse uma oração com o ex-presidente Jair Bolsonaro.>
"Eu não posso fazer um culto religioso porque ele [Moraes] não permitiu, e eu pedi. Libera a petição. Libera os meus irmãos para estarem comigo nesse momento", disse a ex-primeira-dama durante o ato na Avenida Paulista, em São Paulo.>