Moraes vota pela condenação de Bolsonaro e mais sete por golpe de estado

Ministro argumenta e apresenta motivos para ex-presidente e outras sete pessoas serem condenadas a prisão por tentativa de golpe

Publicado em 9 de setembro de 2025 às 14:39

Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes
Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes Crédito: Fabio Rodrigues - Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, votou pela condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas por tentativa de golpe de estado, em julgamento realizado nesta terça-feira (9), em Brasília (DF).

Moraes é o relator do caso que julga a tentativa de golpe de estado, cuja parte do grupo tentou impedir a posse do presidente Luis Inácio Lula da Silva, eleito pelo voto direto, em 2022.

Moraes votou pela condenação de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição do estado democrático de direito, tentativa de golpe de estado, deterioração de patrimônio tombado e dano qualificado contra o patrimônio da União.

Durante o voto, o ministro relatou vários episódios que comprovam que o grupo tramava para evitar a posse de Lula, além de uma tentativa de assassinado. Dentre as menções estão os atos antidemocráticos de janeiro de 2023; o plano “punhal verde e amarelo” e a reunião ministerial, em 2022.

Além de Bolsonaro, outras sete pessoas receberam voto pela condenação

- Alexandre Ramagem (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência)

- Almir Garnier (ex-comandante da Marinha)

- Anderson Torres (ex-ministro da Justiça)

- general Augusto Heleno (ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional)

- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência

- Paulo Sérgio Nogueira (ex-ministro da Defesa)

- Walter Souza Braga Neto (ex-ministro da Casa Civil)

Ainda hoje, o ministro Flávio Dino fará a leitura do voto se acompanha o relator (Alexandre de Moraes) ou vota contra a condenação de Bolsonaro e dos demais envolvidos nos atos antidemocráticos, em janeiro de 2023.

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