Número de trabalhadores com ensino superior cresce e chega a 23,4% no Brasil

Avanço da escolaridade no mercado de trabalho vem acompanhado da queda no número de pessoas sem estudo ou com fundamental incompleto

Publicado em 19 de novembro de 2025 às 16:38

Avanço da escolaridade no mercado de trabalho vem acompanhado da queda no número de pessoas sem estudo ou com fundamental incompleto
Avanço da escolaridade no mercado de trabalho vem acompanhado da queda no número de pessoas sem estudo ou com fundamental incompleto Crédito: Reprodução

O nível de escolaridade dos trabalhadores brasileiros aumentou de forma significativa nos últimos dez anos. Segundo dados da Pnad Contínua 2024, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (19), a proporção de pessoas ocupadas com ensino superior completo chegou a 23,4% em 2024. Em 2015, esse grupo representava apenas 16,6% do total.

Ao mesmo tempo, caiu a participação de trabalhadores sem instrução ou com ensino fundamental incompleto. Esse grupo, que era 29,1% em 2015, passou para 19,6% em 2024, mostrando uma melhoria geral no nível de formação da força de trabalho.

O maior grupo dentro do mercado de trabalho hoje é formado por pessoas com ensino médio completo ou superior incompleto, que representam 43,4% dos trabalhadores. Esse número tem crescido ao longo dos anos, já que em 2015 esse grupo representava 37,4%. Já a menor parcela é a dos que têm ensino fundamental completo e médio incompleto, que caiu de 17% em 2015 para 13,6% em 2024.

A pesquisa também revelou um movimento importante na sindicalização. Após quase uma década de queda, o número de trabalhadores associados a sindicatos voltou a crescer. Em 2024, 9,1 milhões de pessoas estavam sindicalizadas, o equivalente a 8,9% dos trabalhadores ocupados do país. O aumento foi de 812 mil sindicalizados em comparação com 2023, quando o índice registrou seu pior resultado histórico, com 8,4% dos trabalhadores ligados a sindicatos.

Os dados mostram que o mercado de trabalho brasileiro está mudando, com mais escolaridade e um sinal de retomada do interesse por representação sindical.