Padrasto é suspeito de envenenar enteado por ciúmes e sentimento de rejeição, diz polícia

Ademilson Ferreira dos Santos está preso. Lucas da Silva, de 19 anos, teve a morte encefálica confirmada no domingo (20).

Publicado em 21 de julho de 2025 às 08:44

Ademilson Ferreira dos Santos está preso. Lucas da Silva, de 19 anos, teve a morte encefálica confirmada no domingo (20).
Ademilson Ferreira dos Santos está preso. Lucas da Silva, de 19 anos, teve a morte encefálica confirmada no domingo (20). Crédito: Reprodução

A Polícia Civil investiga a morte de Lucas da Silva Santos, de 19 anos, que faleceu no domingo (20), em São Bernardo do Campo (SP), após dez dias internado com suspeita de envenenamento. A principal linha de investigação aponta que o padrasto, Ademilson Ferreira dos Santos, teria envenenado o jovem por ciúmes, necessidade de controle e sentimento de rejeição.

Ademilson está preso preventivamente desde o dia 16. Segundo a delegada Liliane Doretto, ele deve ser indiciado por homicídio triplamente qualificado: por motivo fútil (ciúmes), uso de veneno (meio traiçoeiro) e impossibilidade de defesa da vítima (alimento envenenado). A polícia aguarda laudos periciais para confirmar a presença e o tipo de substância tóxica nos bolinhos consumidos por Lucas.

Mensagens obtidas pela TV Globo mostram Ademilson dizendo a um pastor que já havia pensado em matar o enteado e estava em depressão.

A mãe do jovem relatou que o próprio padrasto levou e distribuiu os bolinhos à família na sexta-feira (11), inclusive entregando pessoalmente o de Lucas em seu quarto. Minutos após o jantar, o jovem passou mal e desmaiou. Ele foi levado à UPA União, onde um médico apontou intoxicação compatível com envenenamento. Depois, foi transferido para o Hospital de Urgência, onde teve morte encefálica confirmada.

A Prefeitura de São Bernardo informou que a família autorizou a doação dos órgãos do rapaz. A investigação segue em andamento, com perícias e coletas de amostras feitas nas casas de Lucas e da tia, que também foi ouvida e negou qualquer envolvimento.

Durante depoimento, Ademilson tentou culpar a irmã, alegando desavenças familiares. No entanto, segundo a delegada, ele foi quem entregou os alimentos a cada membro da casa. A defesa do suspeito ainda não se manifestou.

Com informações do G1